O sofrimento do Paraná Clube pode acabar, matematicamente, neste sábado. Numa temporada marcada por deslizes, dificuldades e turbulências, restou ao Tricolor “comemorar” a sobrevivência na Série B.
Uma vitória sobre a Ponte Preta – às 16h20, no Durival Britto – pode assegurar essa condição. Só que para o risco de rebaixamento ser extinto, além de vencer, o time de Paulo Comelli precisa de uma combinação de resultados, envolvendo ao menos dois de três concorrentes diretos.
Em caso de vitória, o Paraná chega a 46 pontos (com 13 vitórias). Segundo as projeções, o clube que somar 45 pontos tem apenas 1% de risco de queda para a Série C.
O Tricolor, porém, quer a definição matemática de sua situação e para isso ocorrer o clube depende de alguns resultados. Se Criciúma e Fortaleza não vencerem, o representante paranaense já não seria alcançado por essas equipes.
Mas, se o Fortaleza tem jogo duro contra o Barueri (em São Paulo), o Criciúma, na teoria, tem um confronto menos complicado, em casa, contra o Gama, virtualmente rebaixado.
Há, no entanto, uma terceira opção que poderia garantir a permanência do Tricolor na Segundona já neste sábado.
Caso o América-RN, amanhã, seja derrotado pelo São Caetano, no Anacleto Campanella, também não mais alcançaria o Paraná.
O clube potiguar até poderia chegar aos 46 pontos, mas não às 13 vitórias, primeiro critério de desempate.
Independente do que ocorra nesses jogos, o Paraná está mobilizado para fazer a sua parte, entendendo que a Série B, para o clube, tem obrigatoriamente que “terminar” na próxima terça-feira, no jogo contra o CRB.
“Na última rodada, temos que ir para Santo André apenas para cumprir tabela”, dizem os jogadores, visivelmente aliviados após a sofrida vitória sobre o Gama.
O técnico Paulo Comelli tem o mesmo pensamento e espera a reabilitação em casa, após os recentes tropeços contra Brasiliense e São Caetano.
“Cometemos erros nesses jogos, que não podem se repetir agora. Temos que definir essa questão o quanto antes, se possível já no sábado”, disse Comelli, reafirmando que o objetivo, se conquistado, terá para ele o mesmo valor de um título.
O treinador é visto como o principal responsável pela guinada na trajetória do Tricolor. Além de coordenar a reformulação do elenco, ele conseguiu formar um grupo mais equilibrado e que neste returno tem uma campanha no mínimo segura, na sétima colocação.
O rendimento do Paraná na segunda metade da competição é de 54,17%, que contrasta com o desempenho do pífio do turno, no qual o clube computou apenas 29,82% dos pontos disputados. “Estamos no caminho certo, mas não podemos nos descuidar”, avisa Comelli, pragmático.