Paraná Clube não muda e só corrige alguns defeitos

Com um longo trabalho dentro e fora de campo o Paraná Clube encerrou sua preparação para o jogo de amanhã – às 17h, no Barradão -, frente ao Vitória.

No primeiro jogo da equipe fora de casa neste Brasileirão, o time tenta manter o mesmo ritmo da estréia, mas sem alguns erros de posicionamento e de passe. O técnico Paulo Campos reuniu o grupo por aproximadamente 40 minutos, onde houve uma análise detalhada dos erros e acertos cometidos na primeira rodada, já tendo por foco o próximo adversário.

Os jogadores querem evitar, na Bahia, alguns deslizes ocorridos na última quarta-feira. “Em alguns momentos, recuamos demais e trouxemos o Santos para o nosso campo”, reconhece o meia Fernando. Adiantando as linhas de mercação, Paulo Campos espera corrigir esta situação. O treinador só não abre o jogo quando à estratégia a ser aplicada diante do Vitória. “Gosto de um futebol agressivo. Só que com a devida cautela, pois trata-se de um jogo fora de casa, frente a um adversário que vem de derrota, mas que fez um bom campeonato baiano”, comentou Campos.

“Só que o plano de jogo, é segredo”, avisou. O treinador arma seu time em função do adversário. Pelo menos esta foi a sua linha de ação no Estadual, dirigindo o Iraty. No primeiro jogo à frente do Paraná, Paulo Campos também teve o cuidado de anular as principais peças do Santos, programando alguns “duelos” específicos. O próprio Fernando foi pouco acionado no ataque, ficando encarregado da marcação sobre Elano. No jogo de amanhã, Campos não definiu se irá adotar alguma marcação individualizada.

Tendo sempre o cuidado de buscar o máximo de informações sobre o adversário, Campos acompanhou os teipes das duas partidas finais do Campeonato Baiano, entre Vitória e Bahia, e o auxiliar-técnico Édson “Neguinho” dos Santos foi ao ABC Paulista ver de perto São Caetano 1×0 Vitória. Só que possíveis variações só ocorrerão no esquema tático, pois o time é o mesmo da estréia. Paulo Campos aposta na equipe-base armada para essa largada de Campeonato Brasileiro e prevê um crescimento gradual do time com a seqüência dos jogos.

Para os jogadores, além de adiantar as linhas de marcação, o Paraná terá que ter maior precisão no “último toque”. “Deixamos de marcar mais gols frente ao Santos porque os contragolpes não foram encaixados de forma correta. Mas, isso só se corrige com o tempo, com um melhor entrosamento entre meias e atacantes”, lembrou o centroavante Galvão. “O importante é que o time está muito consciente e com os pés no chão”, assegurou.

Os bons fluídos vêm de Gaertner

Após o sucesso no Campeonato Paranaense -com sua contratação o Paraná venceu os cinco jogos que disputou – o psicólogo Gilberto Gaertner prepara novos programas que serão implementados oportunamente na preparação do Tricolor. A preocupação, no momento, é com a manutenção da concentração (aberta e focada) e com o fortalecimento da união de um grupo ainda em formação, com a possibilidade de que mais seis ou sete reforços sejam contratados nos próximos dias.

Gaertner, porém, já aplica um trabalho tático-cognitivo, que visa melhorar a percepção tática dos atletas em relação ao time e ao adversário. Para o psicólogo, a experiência no “novo” esporte (durante muito tempo ele trabalhou com atletas de vôlei e caratê) tem sido muito gratificante. “Aprendi algumas lições naquela luta que foi a permanência do clube na primeira divisão estadual. O Paraná deu a volta por cima pois tinha um grupo muito profissional”, comentou.

Com uma ou duas sessões semanais – dependendo da seqüência dos jogos -Gaertner trabalha sempre em sintonia com a comissão técnica. “Isso é fundamental e como a competição é longa, temos que ter um cuidado grande para não haver saturação”, disse. “É sempre importante dar um molho novo a cada atividade, pois são oito meses de competição e 45 jogos pela frente”, explicou. A atuação de Gaertner vai além do trabalho psicológico, mas abrange também uma área cultural e até a realização de seminários para a comissão técnica.

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