O fundo do poço é logo ali. Ali, mesmo. Com apenas 17 pontos ganhos, o Paraná Clube mergulhou de cabeça em uma crise sem precedentes. O Tricolor irá virar o turno na zona do rebaixamento e vendo o perigoso distanciamento dos clubes que hoje ocupam uma posição intermediária na tabela de classificação.

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Num clima de total desconfiança – é certo que jogadores serão afastados e reforços virão às pressas – o azul, vermelho e branco encara o emergente Santo André amanhã, às 20h30, no Durival Britto.

Um jogo que será marcado por protestos do sofrido torcedor paranista. Após ver o time fracassar em 2007 – numa temporada marcada por escândalos administrativos -, os tricolores sonhavam com o retorno imediato à primeira divisão.

Porém, 2008 tem sido, dentro de campo, uma perigosa continuidade daquilo que se viu no ano passado. O clube não conseguiu ser armar durante o Estadual, fez contratações de qualidade duvidosa e agora tentará arrumar a bagunça sabendo que qualquer deslize pode
ser fatal.

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O risco de cair para a Série C é real. E as projeções confirmam isso. Pelo atual aproveitamento, 42 pontos seriam suficientes para escapar da degola. Porém, pelos últimos anos, para não passar sufoco o número mágico seria 46.

Para atingir essa marca, o Paraná Clube terá que apresentar, a partir de amanhã, um rendimento de 48,33%. Ou seja: pelo menos 9 vitórias (e mais dois empates). Num cálculo simplista, seria o mesmo que conseguir, desde já, um aproveitamento máximo em casa. Mas, como imaginar isso de um time que já perdeu 18 pontos atuando em seus domínios?

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Só com uma mudança radical. E, para isso, a diretoria pretende definir ainda hoje um novo superintendente de futebol. Um profissional da área capaz de buscar no escasso mercado atual ao menos cinco peças para mudar a cara do Paraná.

“Vejo que não temos outra saída, senão a profissionalização do departamento de futebol”, disse o presidente Aurival Correia. Um cargo que viria para suprir a saída de Durval Lara Ribeiro, que até semana passada era o responsável pelas contratações do clube.

Aurival Correia praticamente descartou nomes de ex-presidentes, como Aramis Tissot e Ocimar Bolicenho. No entanto, deu a dica que esse profissional já teria trabalhado no clube.

Oscar Yamato, que foi o gestor do departamento de futebol em meados dos anos 90, seria um dos nomes cotados. No início do ano, o clube chegou a aventar a possibilidade de trazer o ex-técnico Otacílio Gonçalves para coordenar o setor. Ambos negaram qualquer contato, neste momento crítico.