Paraná Clube joga completo

Desta vez, sem mistério. O técnico Caio Júnior pretende confirmar hoje a equipe do Paraná Clube para o primeiro jogo das finais do supercampeonato paranaense, quinta-feira, frente ao Atlético. A única dúvida é o atacante Adriano Chuva, lesionado. A comissão técnica volta a contar com Luís Paulo na lateral-direita e confirma a entrada de Xandão na zaga, em substituição a André, suspenso com o terceiro cartão amarelo. Após quatro jogos seguidos sem sofrer gols – marca que a equipe não atingia há cinco anos – o tricolor garante o título se conseguir repetir a performance nos dois jogos da decisão.

Com melhor campanha, o time de Caio Júnior joga por dois empates para pôr fim à hegemonia rubro-negra. O primeiro jogo – no Joaquim Américo – é considerado “chave” pelos jogadores tricolores. “Esta partida define tudo e o nosso objetivo não pode ser outro senão ampliar a vantagem”, disse Marquinhos. O meia foi um dos destaques no empate frente ao Coritiba, que garantiu a passagem do Paraná à final do torneio.

Tranqüilo, ele garante que não se abateu com a penalidade máxima desperdiçada. “Acho até que subi de produção depois do pênalti”, analisa. “Não fiz nada de diferente. Chutei forte no canto, dei azar que a bola foi na trave”. Marquinhos preferiu não comentar a possível transferência para o Flamengo. Ele seria incluído pelo Bayer Leverkusen na negociação do zagueiro Juan, comprado pelo clube alemão por US$ 3,2 milhões. “Prefiro ficar à margem disso, pois estou concentrado na decisão.” Marquinhos tem contrato com o Paraná até julho do ano que vem, mas o clube alemão tem a condição de “requisitá-lo” até o fim deste mês, segundo acordo firmado.

Caio Júnior não mudará a estratégia que conduziu o tricolor à decisão. Independente da vantagem, o Paraná deve buscar o ataque pelas características de seus jogadores. Marquinhos, Alexandre, Maurílio e Adriano Chuva são atacantes natos. Caso Chuva seja vetado, Márcio e Luciano disputam a vaga. O treinador quer evitar um recuo excessivo, como ocorreu no segundo tempo do jogo frente ao Coritiba, que culminou com a pressão, mesmo ineficaz, do adversário.

Sem promoções. E na Vila

O pequeno interesse demonstrado pelos torcedores paranaenses nas semifinais do supercampeonato não mobilizou os dirigentes do Atlético Paranaense. Mesmo que apenas 3.100 torcedores tenham comparecido à partida de sábado, não haverá promoção de ingressos para a partida de quinta-feira à tarde, na Arena, pelo primeiro jogo da decisão do título do supercampeonato. Os ingressos começam a ser vendidos amanhã pela manhã e a arquibancada normal continua custando R$ 15,00 e as duas diretorias esperam ter o estádio lotado. Além do apelo natural, o jogo marcado para 15h55 deve privilegiar quem quer ir, acreditam os dirigentes por ser feriado santo.

No Paraná Clube, que recebeu 2.200 pagantes na Vila Capenema, no clássico contra o Coritiba, domingo, a divulgação dos preços dos ingressos para o segundo jogo só acontecerá amanhã, quando o superintendente do clube, Ocimar Bolicenho, voltar de uma viagem a São Paulo, onde foi tratar de assuntos referentes ao campeonato brasileiro. No entanto, é provável que os preços praticados na semifinal também sejam mantidos.

Aliás, o público decepcionante no clássico de domingo fez com que a diretoria do Paraná confirmasse com antecedência a grande final para Vila Capenema. A despeito de notícias de bastidores darem conta de que a TV Paranaense, patrocinadora da competição, estaria pressionando os paranistas a mudarem o jogo para o Couto Pereira, o Paraná não abrirá mão de jogar em casa. “Não faz sentido levar o jogo para um estádio maior se a torcida não responde. É preferível ter a Vila cheia”, disse o gerente de futebol do clube, Marcos Vinícius Beck Lima. Ele confirmou a informação de Ocimar Bolicenho, dada após o clássico. Outro motivo para não levar o jogo para o estádio alviverde é o aluguel do campo, que é o equivalente a 10% da renda da partida. “Não faz sentido mudar. A não ser que tivéssemos alguma vantagem”, diz Lima.

O editor de esportes do patrocinador, Gil Rocha, garantiu que a decisão do Paraná Clube será respeitada, mesmo porque a equipe que detém o mando é quem define onde joga. “Se eles querem jogar na Vila, jogarão na Vila. Não tivemos problema nenhum na transmissão de doimngo e certamente não teremos na final”.

Equilíbrio

É bem verdade que o torcedor não comprou a idéia do supercampeonato. No entanto, um tira-teima poderá ser o chamariz para as finais da competição. Na história dos confrontos de Atlético e Paraná, há um empate em número de vitórias. São 14 para cada lado e 22 empates registrados. A última vitória do Atlético aconteceu em abril do ano passado, por 3 a 1, no paranaense, em pleno Pinheirão. Já o Paraná Clube não derrota o Rubro-negro desde 06 de setembro de 98, quando passou pelo Atlético com o placar de 1 a 0, na Vila Olímpica.

Clube espera tabela para o Brasileirão

A diretoria está ultimando detalhes para a viagem à Ucrânia, no próximo dia 10 de junho. Antes, porém, aguarda a tabela para a disputa do Brasileirão, que pode ser divulgada hoje, no Rio de Janeiro, durante reunião do conselho arbitral. Com a definição do início da competição – que inicialmente está marcado para o dia 21 de agosto – o Paraná confirma período de férias e intertemporada.

Os amistosos contra equipes ucranianas acontecerão nos dias 13, 16, 19 e possivelmente 22 do próximo mês. O tricolor ainda aguarda confirmação do quarto jogo e da possível realização de outros dois amistosos em Portugal. O superintendente de futebol Ocimar Bolicenho não confirmou interesse do clube em participar de algum torneio envolvendo equipes que estão fora da Copa dos Campeões. Se não houver alteração de datas, os jogadores paranistas receberão férias entre os dias 3 e 18 de julho, para então iniciar preparação para o nacional. (IC)

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