Paraná Clube está sem quatro para amanhã

O Paraná Clube não terá quatro titulares para o jogo de amanhã – às 16 horas, em Caxias do Sul -, frente ao Juventude. Além de Ageu e Pierre, suspensos, e Fernando Miguel, lesionado, o técnico Saulo de Freitas não contará com o artilheiro Renaldo, vetado pelo departamento médico. Para piorar o quadro, Cristiano Ávalos depende de uma avaliação, pois viajou ainda com dor na coxa esquerda. A comissão técnica preferiu levar um jogador a mais, por precaução.

“É o momento de o grupo mostrar a sua força”, afirmou Saulo. Sem mistérios, o treinador praticamente definiu o time, com Fernando Lombardi na zaga, Goiano e Émerson no meio-de-campo e Maurílio no ataque. “O time vive um bom momento e estes jogadores vão dar resposta positiva, não tenho dúvida”, disse. Saulo aposta na eficiência ofensiva, apesar da ausência de Renaldo. “O Maurílio também é um goleador. É verdade que não vive um bom momento, mas isso só se supera com confiança. É isso que o grupo tem passado a ele.”

Prova disso ocorreu no jogo frente ao Paysandu. Sem Renaldo em campo, Marquinhos seria o cobrador da penalidade máxima. Na tentativa de dar apoio ao companheiro, o meia passou a bola para Maurílio. “Juro que não sei o que está acontecendo. A bola teima em não entrar. O Germano foi mais feliz e defendeu”, comentou o atacante pouco antes do embarque da delegação, ontem à tarde. “Só tem um jeito de superar a fase: persistir.” O jogador fez questão de destacar a força que o grupo tem lhe passado e agradeceu a manifestação do torcedor, que o aplaudiu apesar do pênalti perdido.

Saulo prevê um jogo truncado, bem ao estilo gaúcho, mas não abre mão da ousadia. “Temos muita qualidade no ataque e não podemos abdicar disso.” Apesar dessa postura ofensiva, o treinador reconhece que seu time ainda precisa melhorar a marcação. “Ainda mais nesse jogo, onde o adversário marca pressão”, lembrou.

Ataque devolve auto-estima

Irapitan Costa

Quatro jogos, três vitórias e o Paraná Clube já recuperou o segundo melhor ataque do Brasileirão. A volta de Saulo de Freitas ao comando técnico “oxigenou” o time e aparentemente pôs fim às incômodas oscilações. Foram quase dois meses de “efeito gangorra”, o que empurrou o Tricolor para um grupo intermediário na classificação geral. Com goleadas expressivas, os jogadores recuperaram a auto-estima e partem agora em busca de novos objetivos.

Com cautela, Saulo prefere focar a necessidade de se conquistar mais dois pontos – pelas projeções da comissão técnica – para assegurar matematicamente a permanência na primeira divisão. “Foi algo definido por nossa diretoria. Somente após atingirmos os 50 pontos é que voltaremos a falar sobre metas”, ponderou o treinador. Quando reassumiu o time, o plano era conquistar o quanto antes 11 pontos (o Paraná estava com 39 pontos, em 15.º lugar). Menos de vinte dias depois, o quadro é outro.

O Tricolor chegou aos 48 pontos e subiu para a 11.ª posição. Conseguiu ainda abrir três pontos do Flamengo, que vem logo atrás, e quatro dos demais concorrentes. “Procurei apenas ajustar o esquema à qualidade individual de nossos jogadores”, explicou Saulo. O time recuperou a velocidade – que chegou a ser questionada pelo seu antecessor – e comprovou a boa fase com uma atuação acima da média na última quinta-feira.

Mesmo com o placar favorável, o time prosseguiu atacando o Paysandu. “Fizemos o mesmo que eles no jogo do primeiro turno. Se nosso time sabe atacar, temos que tirar proveito dessa virtude”, disse o meia Marquinhos. O trabalho de articulação da equipe evoluiu muito a partir da volta de Fernandinho à condição de titular, principal alteração processada por Saulo. “Sou grato a ele e ao grupo, que tem me ajudado muito. O clima é de uma família”, lembrou o meia, que fora afastado por Edu Marangon e chegou a encabeçar uma lista de dispensas.

O único desafio que ainda norteia o dia-a-dia de Saulo é melhorar o desempenho ofensivo. O Paraná, ao que tudo indica, prefere apostar na velha máxima de que “a melhor defesa é o ataque”. Talvez isso explique os 63 gols marcados (segundo melhor ataque) e os 58 sofridos (pior defesa, ao lado de Bahia e Flamengo).

Voltar ao topo