Paraná Clube está atrás de um lateral

Procura-se um lateral-direito. O Paraná Clube está esbarrando em vários obstáculos na sua busca por um titular para esta posição. Há poucos jogadores com o perfil traçado pela comissão técnica e os valores pedidos estão muito acima do limite estabelecido pela diretoria.

Ante estas dificuldades, Cuca e seus auxiliares ampliaram a área de observações, tentando uma solução rápida. O plano inicial era a definição do grupo para o Brasileirão até este fim-de-semana.

Com a opção de Jamur -que preferiu continuar no Londrina – o clube precisou partir para novas alternativas e concentrou sua ação no interior paulista. “Só que há uma diferença significativa de valores e não estamos dispostos a inflacionar nossa folha salarial”, ponderou o vice-de-futebol José Domingos Borges Teixeira. Um dos jogadores contatados pediu salários de R$ 25 mil e teve seu nome (não revelado) imediatamente descartado. “Não está fácil, mas é certo que iremos trazer um lateral-direito nos próximos dias”, assegurou José Domingos.

Nos últimos dias, a comissão técnica vem observando jogos nos estádios e em vídeo. “Estas observações têm dupla finalidade. Podemos encontrar algum jogador interessante para o Paraná e também realizar uma análise de futuros adversários”, explicou o auxiliar-técnico Cuquinha. Na quarta-feira, ele esteve na Baixada, observando alguns jogadores da Tuna Luso, como o meia Ciro e o atacante Toninho. No Couto Pereira, Cuca ficou de olho em Élson, mas o jogador do Ituano está sendo negociado com o futebol alemão.

Dirigentes respondem

O ex-presidentes do Paraná Clube, Ernani Buchmann e Dilso Rossi, bem como os respectivos vice-presidentes financeiros, Wilson Ganen e Lourival Mario Puppi Dembiski, condenados pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região pela sonegação previdenciária de mais de R$ 126 mil, se defendem da condenação.

Ontem, os ex-dirigentes divulgaram uma nota oficial com o seguinte conteúdo, com intenção de prestar esclarecimentos à sociedade:

“Face às dificuldades econômicas pelas quais passam os clubes brasileiros, o Paraná Clube teve problemas de caixa nos anos de 1997 e 1998. Também em razão das mudanças administrativas efetuadas nestes anos, não foi possível por um pequeno período de tempo (cerca de 8 meses) o pagamento imediato da contribuição previdenciária.

Imediatamente após notificado, o Paraná Clube ingressou com defesa administrativa, discutindo o débito e suspendendo o crédito tributário. Incorretamente, mesmo que não julgada a reclamação administrativa, o Ministério Público fez a denúncia diretamente em juízo, não oportunizando a completa defesa num inquérito junto à Polícia Federal. A denúncia foi aceita quando o débito já havia sido parcelado.

Houve condenação em primeira instância, a qual contém vícios, pois advogados dos réus não foram intimados de todos os atos processuais, em descumprimento aos ditames do Código Processual Penal, bem como não foram observados os documentos juntados ao processo que comprovam o regular parcelamento e pagamento da dívida.

A decisão proferida pelo Tribunal Regional da 4ª Região não é definitiva e certamente será modificada pela Instância Superior, quando observadas as nulidades havidas no julgamento de primeira instância, além da análise dos documentos probatórios do parcelamento e pagamento do débito. Por tudo isso, os denunciados acreditam na sua absolvição, pois inocorreu qualquer intuito de fraude ou apropriação indébita”.

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