Paraná Clube entre os dez. Agora só basta manter

O Paraná Clube obteve sucesso em sua “corrida de recuperação”. Sob o comando de Saulo de Freitas, o Tricolor subiu da 16.ª para a 10.ª colocação e entrou diretamente na briga por uma vaga à Copa Sul-Americana.

O caminho ainda está repleto de obstáculos, mas sem mudar de estratégia, o desafio agora é se manter entre os dez primeiros, tendo como objetivo final a melhor colocação do clube em uma edição do campeonato brasileiro.

O empate em Caxias do Sul foi bem recebido e ainda ontem, na chegada da delegação, Saulo de Freitas exaltou a superação do time. “Não tínhamos quatro titulares importantes e jogamos mais de trinta minutos com um jogador a menos”, lembrou. “Mesmo assim, tivemos força para buscar o gol de empate, nos últimos minutos”. O treinador lamentou a expulsão de Cristiano Ávalos, pois naquele momento, o Paraná tinha o jogo sob controle, criando situações para abrir o placar.

“No final, o mais importante é que ganhamos mais uma posição”, frisou Saulo de Freitas. Apesar da ascensão significativa e dos três jogos sem derrota, o treinador quer o grupo “com os pés no chão”. A política é trabalhar jogo a jogo, sabendo que o grau de dificuldade aumenta a medida que a competição aproxima-se do final. Nas duas próximas rodadas, o Paraná terá pela frente Internacional e Atlético Mineiro, equipes que estão em acirrada disputa por uma vaga à Libertadores.

Em nove participações no Brasileirão, até hoje, o Paraná teve como melhor colocação um 10.º lugar, em 1993. Naquele ano, o Tricolor não chegou a enfrentar os integrantes do Clube dos 13 (que ficaram em uma chave à parte). Na Copa João Havelange, em 2000, o Paraná saiu do Módulo Amarelo para chegar às quartas-de-final do torneio, terminando em 5.º lugar (para alguns, 8.º), mas a competição não teve a organização da CBF. Faltando dez rodadas – cinco delas em casa – a meta é confirmar vaga à Sul-Americana, assegurando um calendário mais rentável para o ano que vem, e, de quebra, marcar a melhor posição do clube na Série A

Tricolor perde dois mandos no tapetão

Empate em campo, derrota no tapetão. O Paraná Clube não conseguiu se livrar ontem de nova perda de mandos neste Brasileirão. O julgamento mobilizou toda a diretoria e o departamento jurídico do clube, mas a argumentação não foi suficiente ante as denúncias do árbitro mineiro Alício Pena Júnior e seu assistente, Márcio Eustáquio Santiago, ambos de Minas Gerais. O Tricolor foi punido com perda de dois mandos e será obrigado a jogar contra Vasco e Figueirense a 150 quilômetros de Curitiba. A partida de domingo, contra o Inter, está confirmada para o Couto Pereira, às 16h.

Também foi penalizado o superintendente de futebol Ricardo Machado Lima, que levou 30 dias de suspensão, por ofensas morais ao trio de arbitragem do jogo Paraná Clube 4×2 São Paulo, realizado no último dia 24 de setembro, no Couto Pereira. Os incidentes ocorreram no intervalo da partida, quando o time paulista vencia por 2×1.

Os dirigentes, no caminho entre vestiário e camarote, aproveitaram para protestar contra supostos “equívocos” do trio, em especial do assistentes Márcio Eustáquio, que deixou de marcar alguns impedimentos do ataque são-paulino (num destes lances, teve origem o primeiro gol paulista). Tudo foi relatado em súmula, mas Alício Pena Júnior e o “bandeira” afirmaram que Machado Lima e “um torcedor” invadiram o campo para xingá-los.

A defesa do Paraná foi embasada neste ponto. Mesmo alegando que não houve invasão de campo (quem entrou no gramado foi Durval Lara Ribeiro, diretor de futebol), o artigo 300 do CBDF foi aplicado. “Vavá” Ribeiro esteve presente, confirmando que realmente xingou o “bandeirinha” e que nenhum torcedor invadiu o gramado. O objetivo era desqualificar a denúncia para os artigos 335 e 235 do CBDF (invasão de dirigentes e ofensas morais), mas a estratégia não vingou.

Reincidente , o Tricolor não escapou da punição. O clube, que já teve um jogo (contra o Fluminense) programado para Maringá, agora escolherá entre três cidades, Maringá, Londrina e Cascavel.

Maringá seria a primeira opção para os dois jogos, contra Vasco (26/outubro) e Figueirense (6/novembro), desde que o Willie Davids não tenha sua capacidade limitada a dez mil torcedores, como aconteceu diante do Flu. “Vamos analisar a questão e esperar que, onde quer que o jogo ocorra, tenhamos um bom público a apoiar o nosso time”, ponderou o presidente Enio Ribeiro de Almeida.

Time desfalcado para Domingo

Saulo de Freitas não poderá, mais uma vez, escalar a força máxima do Paraná Clube. Mas, os quatro titulares que não enfrentaram o Juventude devem retornar ao time em mais um confronto contra um representante gaúcho. Ageu e Pierre têm presença assegurada. Fernando Miguel e Renaldo serão reavaliados pelo departamento médico e devem ser liberados já para os treinos da semana.

Dois desfalques são certos: Cristiano Ávalos, expulso, e Fabinho, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, não jogam contra o Internacional. A tendência é que Fernando Lombardi e Rodrigo Silva sejam escalados. Saulo elogioi o desempenho de Lombardi na zaga paranista. “O Juventude pressionou bastante e ele mostrou segurança nas bolas alçadas para a área”, comentou o técnico. Fernando, agora, terá o experiente Ageu ao seu lado.

A preparação para o próximo jogo começa hoje, mas Saulo antecipou que o rendimento de Émerson nas duas últimas partidas pode provocar uma alteração no meio-de-campo.

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