O Paraná Clube apresenta hoje o seu novo time para a torcida. O amistoso frente ao Juventude, às 15h30, na Vila Capanema, servirá, segundo avaliação da comissão técnica, para medir a real capacidade do grupo.
Ainda sem o conjunto ideal – o que demanda algum tempo – o Tricolor terá cinco estréias oficiais, sem contar o técnico Otacílio Gonçalves que retornou ao clube para a disputa do Brasileirão-2002. Entre as novidades, dois velhos conhecidos dos paranistas: Fábio Luís e Sidnei. Os outros estreantes são Bosco, Cristiano e Leandro, que pela primeira vez vestem a camisa tricolor.
Completando três semanas de treinamentos para o Nacional, Otacílio Gonçalves reconhece que a falta de entrosamento é o fator que mais preocupa. “Um time precisa de pelo menos um semestre para atingir o conjunto ideal”, analisa. “Por isso, o segredo é mexer pouco na estrutura. Mas, estamos intensificando treinos táticos para que cheguemos no dia 10 de agosto com algum conjunto para uma boa largada no Brasileiro”, disse Otacílio. Sob essa filosofia, o treinador definiu uma equipe-base e tem mexido muito pouco nesta estrutura, buscando acertar o posicionamento e a sincronia do time.
“A partir deste amistoso, vamos ter uma idéia daquilo que poderemos desenvolver neste segundo semestre”, destacou o treinador. Ele estará muito mais atento ao comportamento do time do que ao resultado do jogo. O Juventude é considerado um adversário de qualidade, por ter a força de conjunto que ainda falta ao Tricolor. “Teremos pela frente um adversário pronto”, resumiu Otacílio. O Paraná só enfrentará o representante de Caxias do Sul no final de outubro, na 20ª rodada do campeonato brasileiro, também em Curitiba. O técnico acredita que a “pegada” será a principal virtude desta equipe, que ainda não conta com quatro jogadores (Luís Paulo, Alexandre, Thiago e Márcio) emprestados ao Iraty.
“Estamos compondo um time forte na marcação e veloz”, revela Otacílio. A segurança defensiva se deve à presença de três bons marcadores no setor de meio-de-campo. Leandro e Sidnei terão liberdade limitada de ataque, enquanto Ronaldo continuará sendo um elo de ligação entre a defesa e o setor ofensivo, aproveitando seu bom índice de aproveitamento nas finalizações. Mesmo já tendo estreado – ele disputou os jogos da equipe na Ucrânia – será a primeira atuação do meia, que veio do Botafogo, perante a torcida paranista. O ataque não terá a eficiência de Márcio, mas a voluntariedade de Luciano. Ele forma com Dennys o setor mais jovem do time, que busca aliar velocidade com presença de área.
A comissão técnica só lamenta o estado precário do gramado da Vila. “O campo é terrível”, dispara Otacílio. Ele avisa que o torcedor deverá entender eventuais “caneladas” nesta partida. “Num gramado assim, não tem drible, não tem passe. Vamos estar mais atentos à movimentação da equipe”, avisou. No Brasileiro, pelo menos, o Paraná não conviverá com este tipo de problema, pois seus jogos serão disputados no Pinheirão (que ainda depende de liberação do Ministério Público) ou no Couto Pereira.