Paraná Clube enfrenta em 2013 sua 6ª Série B seguida

O Paraná Clube terá pela frente, em 2013, a sua sexta Série B seguida. O clube só perde para o São Caetano em longevidade na competição. Os paulistas, que nesta temporada “passaram raspando” na luta pelo acesso, seguem para o sétimo ano longe da elite nacional. A disputa do ano que vem, na teoria, será duríssima, com direito à presença do Palmeiras. O abismo financeiro entre o Verdão e as demais equipes deve ditar o ritmo do campeonato.

Na teoria, sobrariam somente três vagas para o acesso, já que “uma é do Palmeiras”. Porém, o Sport também surge como favorito, já que detém uma boa fatia da cota de televisão, desde a renegociação do contrato da Série A – feito diretamente entre os clubes e a Rede Globo. Se essa distância econômica mais uma vez fizer a diferença, os demais clubes terão que se contentar com a briga pelas outras duas vagas. Na prática, já há um ganho em relação àquilo que se viu nesta temporada. Goiás, Atlético e Vitória fizeram valer o poderio financeiro e conseguiram confirmar o favoritismo.

O Criciúma – único clube a se manter no G4 ao longo das 38 rodadas – não contava com as vantagens de uma cota de tevê milionária, mas compensou isso com os investimentos de seu presidente Antenor Angeloni, com o trabalho competente do técnico Paulo Comelli e os gols de Zé Carlos, artilheiro da competição. A distância entre esses quatro clubes (somando-se a eles o São Caetano) impôs um ritmo tão forte à disputa que o “número mágico” para o acesso subiu de 65 para 71 pontos.

Na média, na troca dos quatro que subiram para a Série A e os quatro que caíram para a Série B, é possível vislumbrar um nivelamento maior da Segundona do ano que vem. Atlético-GO e Figueirense, por exemplo, estariam “alguns furos” abaixo de Goiás e Criciúma em termos de poderio econômico e até de apelo popular. O mesmo, porém, não se aplica à outra ponta da tabela. Num comparativo, os clubes que ascenderam da Série C (Oeste, Icasa, Chapecoense e Paysandu) hoje têm mais força do que os quatro rebaixados (CRB, Guarani, Ipatinga e Barueri).

O Paysandu, por exemplo, obteve média de 9.726 pagantes na Série C. A terceira melhor marca da Terceirona e a 20.ª maior do ano, independentemente de divisões. Isso aponta para um maior equilíbrio da disputa, e que exigirá ainda mais criatividade do Paraná Clube na luta pela volta à Série A.