Divisão de Acesso

Paraná Clube coloca como meta voltar à elite do futebol

O Paraná Clube inicia amanhã, às 15h30, na Vila Capanema, sua caminhada de retorno à elite do futebol paranaense. O jogo frente ao Júnior Team, de Londrina, é um duro “choque de realidade” para o torcedor tricolor. Grande campeão da década de 1990, o Tricolor há apenas cinco anos disputava a tão sonhada Libertadores da América. Hoje, o desafio não tem o glamour de outrora, mas é tão ou mais importante.

Ricardinho e Cia. têm a missão de resgatar a imagem de um clube que nasceu gigante, mas viu essa grandeza ser dilapidada ao longo de administrações marcadas pela incompetência. Afinal, como justificar a “estratégia” utilizada no ano passado? O time absurdamente ruim armado para a disputa do Paranaense 2011 colocou em xeque a estrutura de todo o clube. Os erros cometidos em dezembro e janeiro – período no qual o então técnico Roberto Cavalo promovia “peneiradas” para montar o grupo – respingaram por toda a temporada.

Sob nova direção, o Tricolor mudou sua política administrativa. Saíram de cena os dirigentes puramente emocionais para se dar um direcionamento profissional ao clube, em especial o departamento de futebol. Alex Brasil chegou para uma posição “desocupada” há quase dois anos, quando Beto Amorim se desligou do clube. Além da contratação de um gerente, os dirigentes decidiram por uma total reformulação do departamento de futebol, com a chegada do supervisor Fernando Leite.

A grande “tacada” porém, viria na definição do comando técnico. O Paraná apostou todas as suas fichas num grande ídolo e maior revelação do clube. Ricardinho foi convencido a “pendurar as chuteiras” e a ser o ícone deste novo momento, onde o clube busca uma guinada histórica. Não apenas dentro de campo, mas também na estrutura do clube, defasada por uma série de fatores, que vão do êxodo dos sócios à falta de receitas com o longo período afastado da elite nacional. Cotas de TV, patrocínios, tudo despencou a patamares que comprometeram a sustentabilidade do Tricolor.

Ricardinho usou a credibilidade de uma carreira de sucesso para dar identidade ao “novo” Paraná. Com alguns remanescentes e muitos garotos – do próprio clube e de outras agremiações, como Corinthians e Atlético Mineiro – ele montou um grupo jovem (média de idade pouco acima dos 20 anos) e encarou de frente a Copa do Brasil. “Batizados” nos duelos com Luverdense, Ceará e Palmeiras, os garotos da Vila encaram, agora, um novo desafio. De mero figurante na competição nacional, o Tricolor passa a ser o time a ser batido na disputa estadual. E com um fardo pesado a carregar: na Segundona Paranaense, o Paraná Clube não pode falhar. É subir ou subir.

Foz do Iguaçu

Forte candidato

Com jogadores contratados do interior de São Paulo, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, o Foz do Iguaçu é, segundo o técnico Caçapa, um dos fortes candidatos para voltar à principal divisão do Campeonato Paranaense do ano que vem. Porém, o treinador do time da fronteira admitiu que o time, mesmo reforçado, deverá engrenar no decorrer da primeira fase. O Foz do Iguaçu foi um dos times que mais demorou para iniciar a preparação para a competição estadual. O técnico Caçapa tem hoje 19 jogadores à sua disposição para a estreia na Divisão de Acesso e, segundo ele, pelo menos mais cinco ou seis atletas que estavam atuando no Paranaense devem reforçar o time do Oeste nas próximas semanas.

Cincão

Clube quer ser primeirão

Prestes a completar dois anos de existência, o Cincão de Londrina, que subiu no ano passado para a Divisão de Acesso do Paranaense, vai buscar um lugar entre os principais clubes do Estado na próxima temp,orada. Comandado pelo técnico Gilberto Papagaio, o time londrinense virá com um grupo mesclado por jogadores jovens e experientes para a disputa da Segundona. Nas semanas passadas, a diretoria do Cincão acertou as contratações do goleiro Serginho, que atuou no Paranaense pelo Paranavaí; do experiente meio-campo Rogerinho, de 32 anos, que estava no Ceilândia-DF, e do meio-campo Felipe, que defendeu o Arapongas no Estadual. De acordo com o treinador do time londrinense, o restante da equipe será formada por atletas mais jovens, mas que estão buscando visibilidade no cenário do futebol nacional.

Nacional

Chega de bater na trave

Com o gosto de quase ter voltado para a principal divisão do futebol paranaense no ano passado, o Nacional aposta novamente em um time mesclado por jogadores jovens e experientes para, em 2012, a vaga na elite do futebol do Estado não bater na trave. A aposta para comandar a garotada do time de Rolândia está no atacante Clênio, de 32 anos, que coleciona passagens por diversas equipes do interior do Estado, além do Paraná Clube. O técnico Claudemir Sturion deverá receber nesta semana alguns reforços que estavam atuando na Primeira Divisão do Campeonato Paranaense. Segundo ele, de cinco a seis atletas já estão contratados e vão iniciar os trabalhos com o restante do elenco nos próximos dias.

Júnior Team

Filial coxa-branca

O Júnior Team de Londrina será a filial do Coritiba na Divisão de Acesso deste ano. Nada menos do que 11 jogadores jovens, e que não estavam sendo aproveitados pelo Alviverde, chegaram para reforçar o time do Norte do Estado na luta por uma vaga na elite do futebol paranaense do ano que vem. Ao todo, o experiente técnico Carlos Sérgio conta com 26 jogadores em seu elenco, que tem uma média de idade de aproximadamente 21 anos. Foram emprestados pelo time coxa-branca ao Júnior Team o goleiro Tadeu; os laterais Juninho e Ivan; os zagueiros Roberto e Wesley; os volantes Caio e Gauchinho; os meio-campistas Luizinho e Rafael Conca, além dos atacantes Jânio e Juninho Baubino.

Grecal

Velho conhecidos

Para fazer bonito na Divisão de Acesso, o Grecal de Campo Largo aposta em uma comissão técnica conhecida e que teve uma boa passagem pelo Paraná Clube. Sob o comando do técnico Ricardo Pinto, e auxiliado por Ageu Gonçalves, o time da Região Metropolitana de Curitiba já tem 25 jogadores em seu elenco. Porém, a ideia do clube é de trabalhar com até 30 jogadores. Assim, o presidente do clube Luiz Adão admite que mais jogadores deverão chegar para reforçar o time. Entre os destaques do elenco, que conta com nove jogadores remanescente da disputa da Terceira Divisão, estão os atacantes Jorginho e o goleiro Alexandre. O primeiro, inclusive, já defendeu o Palmeiras.

Serrano

Meta é ficar onde está

Com um time formado principalmente por jogadores das categorias de base, o Serrano de Prudentópolis esteve muito perto de desistir de disputar a Divisão de Acesso. Segundo o presidente do clube, Valdir Luiz Canini, alguns empresários não cumpriram acordos pré-estabelecidos e isso dificultou a participação do time na Segundona estadual. A média de idade do Serrano, que será comandado nesta Divisão de Acesso pelo técnico Joel Cavalo, é de apenas 20 anos. A base da equipe foi formada com atletas que disputaram torneios de juniores do ano passado e, segundo a diretoria, a meta é garantir a permanência do representante de Prudentópolis na Segunda Divisão do Paranaense do ano que vem.

Grêmio Maringá

Catadão paulista

Último clube a ser confirmado na Divisão de Acesso, por causa das desistências de Iguaçu e FC Cascavel, o Grêmio Maringá – um dos tradicionais times do interior do Estado – quer recuperar seu prestígio e voltar a figurar entre os principais clubes do Paraná. Na Segundona do Estadual, o time será comandado pelo técnico Play Freitas. O treinador conta atualmente com 25 jogadores, que vieram reforçar o Grêmio Maringá oriundo de vários estados. Boa parte atuou na Série A-2 do Campeonato Paulista pelo Rio Preto. Do ano passado, o elenco conta com oito jogadores remanescentes para tentar uma das vagas na Primeira Divisão do ano que ,vem. O destaque do time é o meio-campo Rafael Makanaki, que já defendeu o Santo André.

Grêmio Metropolitano

À espera de reforços

Um dos representantes da Cidade Canção na Divisão de Acesso, o Grêmio Metropolitano de Maringá deverá ter dificuldades no início da competição estadual. O elenco atual conta apenas com 15 jogadores e o técnico Ivair Cenci terá que se virar assim, pelo menos nas duas primeiras rodadas do certame, já que os novos reforços deverão desembarcar na cidade somente no decorrer desta semana. Segundo Cenci, os jogadores virão do Operário de Ponta Grossa, do Paranavaí e do rebaixado Roma Apucarana. A grande esperança de gols do Metropolitano está no atacante Warlley, que defendeu o Londrina no Paranaense deste ano.

Cascavel

Correndo atrás de reforços

O Cascavel foi um dos últimos times a começar a treinar para a Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense. Porém, isso não significa que o time do Oeste do Estado não vai brigar por uma das vagas na elite do futebol estadual de 2013. A demora para o início dos trabalhos aconteceu pela lentidão em formar o elenco, que ainda não está completo. Segundo o técnico do Cascavel, Elói Krueger, oito jogadores deverão chegar nesta semana para reforçar a Serpente – todos vindos de times que disputaram o Campeonato Paranaense. Para o primeiro jogo diante do Cincão, fora de casa, o treinador cascavelense tem 17 jogadores à disposição, sendo das categorias de base. O principal jogador do elenco é o lateral-direito Rafael, filho do presidente Nei Vitor e que estava atuando no Ypiranga de Erechim.