Paraguai atropela Brasil na Davis: 2×0

Costa do Sauípe -O sonho de uma vitória fácil sobre o Paraguai – o time brasileiro falava até em 3 a 0 – derreteu-se sob o forte sol da Bahia. Os paraguaios, com garra e maior poder de fogo, abriram uma cômoda vantagem sobre os brasileiros no primeiro dia de jogos na Costa do Sauípe. Logo na partida de abertura, Marcos Daniel decepcionou ao perder por 3 sets a 2, em 4h30 de jogo diante de Francisco Rodriguez, com 11 a 9 no quinto e decisivo set. A seguir, o lutador Júlio Silva não teve como reagir diante de um adversário talentoso como Ramon Delgado que marcou uma vitória por 3 a 0, parciais de 7-6 (7/3), 6-4 e 6-1.

Agora, a única esperança de sobrevivência do Brasil na segunda rodada do zonal americano da Davis está nas duplas. Hoje, às 12h, Alexandre Simoni e Josh Goffi enfrentam os paraguaios Ramon Delgado e Paulo Carvalho. Se o Brasil conseguir uma vitória adia a decisão do confronto para domingo, em que estão marcadas as partidas entre Marcos Daniel com Delgado e de Júlio Silva com Francisco Rodriguez. Mas se isso realmente acontecer, o técnico brasileiro Carlos Chabalgoity já pensa em fazer alterações na sua equipe.

As esperanças brasileiras começaram a se desfazer na partida de abertura. Marcos Daniel era dado como ponto certo para o Brasil e caiu diante do apenas razoável Francisco Rodriguez por 3 a 2, com parciais de 6-4, 1-6, 2-6, 6-4 e 11-9. O brasileiro sentiu a pressão de defender o País nas circunstâncias em que entrou na competição. E sofreu com cãibras no quarto set e depois desperdiçou várias outras chances de ganhar a partida.

Com a missão de tentar buscar a igualdade para o Brasil, Júlio Silva fez o que pôde. Sem ter os mesmos recursos técnicos de Delgado – jogador que já venceu até Pete Sampras em Roland Garros e só não foi mais longe ainda na carreira, por causa de lesões -o tenista brasileiro foi dominado com facilidade, caindo em três sets. “Fiz o que pude”, afirmou Júlio Silva. “Lutei do começo ao fim da partida, mas o Ramon (Delgado) jogou melhor e mereceu a vitória.”

Sem as mesmas condições técnicas do adversário paraguaio Júlio Silva definiu como tática a de devolver bolas altas a espera de um erro de Ramon. Só que não deu certo. Afinal, nem mesmo as condições do tempo ajudaram. Se na partida de Daniel com Rodriguez, o sol era arrasador, na de Silva com Delgado, a temperatura estava amena e não causou tanto desgaste físico no paraguaio como era de se esperar.

Risco

O Brasil fica agora em situação bem difícil. Se perder está fora da competição e será mantido na segunda divisão enquanto o Paraguai parte para o playoff em setembro, com chances de fazer história e subir para o Grupo Mundial, depois de 14 anos.

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