Palmeiras goleia num jogo recheado de emoções

Limeira – Se a primeira impressão é a que fica, como diz o ditado popular, a torcida do Palmeiras pode esperar por muitos gols – a favor e contra -, sustos e intensas emoções na campanha do time no campeonato paulista. Esses componentes de tensão se juntaram, na vitória por 5 a 3 sobre a Internacional, na tarde de ontem, em Limeira. Com direito a duas reviravoltas: a equipe da capital abriu vantagem de 2 a 0, levou 3 a 2 e reagiu até conseguir os primeiros três pontos já na estréia no torneio de 2005.

O Palmeiras deu impressão de que chegaria a goleada sem fazer força ao deslizar no escorregadio gramado do Major Levi Sobrinho. Com toque de bola fácil e rápido, aparecia com freqüência na área da Inter e não demorou mais do que 8 minutos para abrir o placar. Em jogada de dois estreantes: o lateral-direito Bruno cruzou e o meia Marcel deu chute certeiro, de esquerda.

A vantagem bastou para encher de coragem o time de Estevam Soares. A autoconfiança foi exagerada, porque alguns abusaram de jogadas individuais. Ricardinho (duas vezes), Lúcio e Bruno arriscaram conclusões a gol quando poderiam ter sido mais generosos e tentar o passe. A superioridade tornou-se mais evidente aos 25, quando Marcel lançou Ricardinho, que bateu mal na primeira tentativa, mas pegou o rebote e fez 2 a 0.

A goleada parecia questão de tempo. Mas o Palmeiras escorregou, com a influência do árbitro Wilson Seneme. Ele marcou pênalti de Gabriel em Rafael Marques, aos 39 minutos. Alexandre Salles cobrou e diminuiu. Aos 46, Rafael Marques mandou uma bola na trave e, no rebote, Izaías encheu o pé e empatou.

"Bobeamos, perdemos gols e permitimos a reação", admitia Bruno, molhado de suor e chuva, no fim do primeiro tempo. "Vamos reagir", prometia.

Mas o desastre verde se desenhou aos 4 minutos da fase final, em pênalti de Alceu em Izaías, que Alexandre Salles transformou em 3 a 2. Antes que batesse o desespero, o Palmeiras reagiu, com Lúcio aos 15 (3 a 3), com Marcel aos 20 (4 a 3) e com Diego Souza aos 28 (5 a 3). Nada mal para quem espera por Marcos, Pedrinho, Magrão e Warley.

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