Em uma noite que faltou gols, emoção, futebol e torcida, o Palmeiras fez uma de suas piores partidas na temporada e não saiu do 0 a 0 com o ASA, time da Série C do Campeonato Brasileiro, no Allianz Parque. A pressão em cima do técnico Oswaldo de Oliveira se tornou ainda maior e o clássico de domingo, contra o Corinthians, pode ser um divisor de águas onde poderá estar em jogo mais do que três pontos: o futuro do treinador.

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Além da péssima atuação, o jogo desta quarta ainda registrou mais uma marca negativa. Com 17.212 torcedores na arena, o Palmeiras teve o pior público da sua nova casa. A marca anterior era de 17.528, contra o Rio Claro. O confronto de volta com o ASA será na segunda quinzena de julho, sem data definida.

Nesta noite, o Palmeiras começou com força total e parecia que a noite seria diferente. Tinha toques rápidos e sufocava o adversário. A euforia não durou mais que 10 minutos. As dificuldades de outrora voltaram com força total.

O time tocava a bola, conseguia espaço e na hora da finalização os únicos ruídos vindos das arquibancadas eram de xingamentos e gemidos de decepção. A falta de qualidade na finalização acabou contaminando os jogadores do meio-campo, que passaram a errar passes simples e o time virou uma bagunça tática. Os esperançosos palmeirenses presentes na arena perderam a paciência.

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Valdivia não conseguia trocar dois passes seguidos, naquele que pode ter sido seu último jogo no Allianz Parque. Alan Patrick pouco se movimentava e se tornou presa fácil para a marcação e Cristaldo insistia em tentar toques de calcanhar para o vazio.

Para não falar que tudo estava ruim, Kelvin era uma luz no fim do túnel. Ele deu bons dribles e se movimentou bastante, mas teve que fazer tudo sozinho. Méritos também para Jackson, que passou muita segurança na defesa.

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Nas arquibancadas, as torcidas organizadas mais uma vez ficaram em silêncio durante todo o primeiro tempo para protestar pelo preço dos ingressos e os torcedores “comuns” também pouco apoio deram apoio.

Eles só acordaram no fim do primeiro tempo, quando passaram a xingar Oswaldo de Oliveira. Era preciso fazer algo. A necessidade existia, faltava a ação. O Palmeiras voltou lento, parecendo desmotivado ou como se já estivesse goleando. Oswaldo colocou Zé Roberto no lugar do inoperante Alan Patrick e Leandro Pereira na vaga de Cristaldo, alterações que só serviram para mudar o nome dos atletas xingados.

Do banco, Oswaldo parecia não saber o que fazer. Pouco gesticulava e olhava para o campo como se esperasse o acaso resolver o jogo. E talvez manter seu emprego. Então, aos 27, resolveu dar sua última cartada: Cleiton Xavier no lugar de Arouca.

Nos minutos finais, o ASA ainda teve duas grandes chances e o jogo acabou com vaias e xingamentos para Oswaldo e seu time sem alma.

FICHA TÉCNICA:

PALMEIRAS 0 x 0 ASA

PALMEIRAS – Fernando Prass; Lucas, Jackson, Vitor Hugo e Egídio; Gabriel, Arouca (Cleiton Xavier), Alan Patrick (Zé Roberto) e Valdivia; Kelvin e Cristaldo (Leandro Pereira). Técnico: Oswaldo de Oliveira.

ASA – Pedro Henrique; Gabriel, Lucas Bahia, André Nunes e Fabio (Chiquinho); Jorginho (Cal), Marcos Antônio, Max Carrasco e Alex Henrique; Uéderson (Éverton) e Valdanes. Técnico: Vica.

CARTÕES AMARELOS – Jackson, Vitor Hugo, Kelvin e Leandro Pereira (Palmeiras); Fábio Alves e Chiquinho Baiano (ASA).

ÁRBITRO – Rodolpho Toski Marques (PR).

RENDA – R$ 931.492,50.

PÚBLICO – 17.212 pagantes.

LOCAL – Estádio Allianz Parque, em São Paulo (SP).