Otacílio reforça marcação do Paraná Clube

O Paraná Clube pode sofrer uma mudança estratégica e significativa na formação de seu meio-de-campo. Talvez já prevendo as dificuldades que a equipe encontrará na próxima quarta-feira, frente ao Santos, na Vila Belmiro, o técnico Otacílio Gonçalves começa a trabalhar um time mais “pegador”, com a presença do volante Isaías. O garoto – que veio da Portuguesa Londrinense – participou de parte do treino entre os titulares, com a saída de Alexandre. Esta nova concepção será testada no jogo-treino desta tarde, frente ao Malutrom.

A opção por Isaías se deve à ausência de Goiano, que se recupera de uma contratura muscular. A comissão técnica gostou do rendimento de Goiano contra o São Paulo e ele deve ser titular no próximo jogo da equipe no Brasileirão. “O Isaías é o que mais se assemelha ao perfil de jogo do Goiano. Então, estamos ajustando o time com este novo posicionamento”, comentou o auxiliar-técnico Caio Júnior.

As mudanças estão diretamente ligadas ao estilo do próximo adversário, que foi observado no jogo da última quarta-feira, quando venceu o Figueirense por 3×0. Omar Feitosa esteve na Vila Belmiro “espionando” o jovem time comandado por Émerson Leão. O auxiliar-técnico tricolor confirmou a boa qualidade dos três atacantes – Diego, Robinho e Elano -, que confundiram todo o sistema de marcação do time catarinense. “Eles formaram num 4-3-3 e conseguiram imprimir um ritmo muito forte”, analisou Omar.

O “espião” confirmou que o Santos, apesar do bom rendimento, tem deficiências que podem ser exploradas pelo Paraná. Ele acredita que a experiência do time tricolor vai ser decisiva para a conquista de um bom resultado e da reabilitação no Brasileirão. “Estes detalhes serão aplicados nos próximos treinos da equipe”, disse.

Tricolor quer 10 mil ajudando nas catracas

O Paraná Clube continua apostando na venda do Pass Card e nas bilheterias dos jogos para reequilibrar sua “balança financeira”. Com as primeiras parcelas das cotas de tevê, o clube conseguiu saldar boa parte das dívidas. Mas, para não voltar a conviver com salários atrasados, a presença do torcedor nos próximos jogos do Brasileirão é considerada fundamental. Até aqui, os borderôs não atingiram a média desejada.

No jogo frente ao São Caetano – estréia da equipe na competição – foram apenas 2.129 pagantes. Com este público, o clube só não “pagou para jogar” porque não precisou pagar aluguel de campo. As despesas – taxas de arbitragem, exame antidoping, bilheteiros, porteiros, maqueiros – chegaram a R$ 20.674,00. Contra o São Paulo, este valor subiu aproximadamente 65%. Porém, neste segundo jogo, o público pagante foi de 7.929. Numa análise superficial, o superintendente de futebol Ocimar Bolicenho acredita que o Paraná precisaria de um público médio de 10.000 pagantes para atingir um nível “aceitável”.

O presidente Enio Ribeiro afirma que o Pass Card, mais do que nunca, terá papel importante na vida do clube neste segundo semestre. Até aqui, a venda do carnê está muito aquém das expectativas. “Temos um projeto de atingir os cinco mil pacotes”, garante. Passados três jogos (dois deles em Curitiba), foram comercializados aproximadamente 1.500 carnês, segundo Ribeiro. Mesmo com a competição em andamento, o Pass Card continua à venda, com a redução proporcional do preço.

Agora, por dez jogos, o torcedor paga R$ 84,00. O carnê para sócios custa R$ 50,00 e estes valores podem ser parcelados em duas vezes. “Além de ajudar o clube, quem adquirir o pacote terá um desconto extremamente significativo”, disse o presidente. Isso porque, agora, com o portador do Pass Card garante acesso às cadeiras. “Como o ingresso de cadeira está custando R$ 30,00, para assistir a todos os jogos do Paraná em Curitiba, sem o carnê, o torcedor gastaria R$ 300,00”, comentou o presidente.

O pacote garante acesso aos jogos contra Palmeiras, Flamengo, Atlético-PR, Guarani, Cruzeiro, Vitória, Gama, Juventude, Botafogo e Grêmio. A venda está sendo feita exclusivamente na secretaria da sede da Kennedy.

Voltar ao topo