Oswaldo se defende atirando em Aranha

O técnico Oswaldo de Oliveira resolveu reagir às críticas que vem sofrendo de Márcio Aranha, vice-presidente do São Paulo. E o fez de forma dura, mostrando também muita mágoa e, como de costume mesmo em dias de vitória, um certo desencanto com as coisas que cercam o futebol.

“Eu não vou servir de banquinho para ninguém. Antes de me criticar, ninguém falava dele. Ninguém o conhecia”, disse o técnico, sem referir-se um momento sequer ao nome de Márcio Aranha.

Oswaldo continuou na descaracterização do cartola. “Nunca vi essa pessoa, nunca falei com ele. Não sei a cor dos olhos e dos cabelos dele. Só sei que está fazendo muito mal ao São Paulo. Não faz mal a mim, atrapalha o time. E atrapalha muito.”

Depois, ele lembrou de grandes técnicos como Telê e Parreira, que também sofreram críticas, e pediu que se mudasse de assunto. “Sei que isso causa polêmica, mas é necessário que a gente cresça, fale de outros assuntos. Temos de avançar e deixar essas pessoas de lado.”

Ao mudar de assunto, Oswaldo não conseguiu explicações originais para a derrota do São Paulo. Falou, como tantos outros que hoje já não há diferenças grandes no futebol. Citou o Egito campeão do torneio Sub-23 do Catar, e a Turquia, terceiro lugar na Copa. E garantiu que não há uma certeza de vitória contra o Juventus, na quinta-feira.

“Certeza de vitória só no basquete. Os Estados Unidos sempre vão ganhar da Jamaica, mas não dá para dizer que o São Paulo sempre vai ganhar do Juventus”, disse o treinador, antes de confessar que conhece muito pouco do adversário. “Sei que jogam no 3-5-2 e vou ter outras informações com uma pessoa nossa que assistiu ao jogo deles contra Portuguesa Santista.”

Além da irritação de Oswaldo com Márcio Aranha, pouca coisa no treino de ontem indicava que o São Paulo havia perdido na estréia no Campeonato Paulista. Como sempre, houve uma reunião entre técnico e jogadores -30 minutos – antes do treino e mais uma vez poucos conseguiam explicações elaboradas.

Ricardinho argumentou que o time foi muito bem marcado e que não soube conseguir a movimentação correta para superar as adversidades. Não conseguiu explicar como o São Paulo não consegue vencer com raça quando a técnica falha. “Essa pergunta é muito boa, muito inteligente, mas não sei como posso respondê-la.”

Ricardinho preferiu, como Kaká, apontar o favoritismo dado ao time como um dos problemas. “Não existe time favorito. Ficam falando que a gente é favorito e isso atrapalha. Se o time ganha, não fez mais do que a obrigação. Se perde, foi o favorito que perdeu e a torcida se revolta”.

Kaká foi mais direto. “O Santos é o campeão. O Santos é o favorito”, afirmou. O jogador aproveitou também para diminuir a importância de sua volta ao time. “O São Paulo perdeu muitos jogos quando eu estava em campo. Vou entrar em campo e lutar, como sempre, mas não sou o salvador da Pátria do São Paulo.”

Kaká está escalado para o jogo contra o Juventus. “Vai entrar e me ajudar bastante. O Júlio Baptista e o Júlio Santos também vão me ajudar, mas no banco ao meu lado”, diz Oswaldo.

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