Agora vai. A seleção brasileira vai conhecer seu novo técnico até o final da semana. O cargo mais “importante” do País (à exceção da Presidência da República) está sem dono desde o final da Copa do Mundo do ano passado. Nos dois amistosos realizados após a competição, os técnicos foram “convidados?. Quem assumir terá a responsabilidade de classificar o Brasil para a Copa do Mundo de 2006 – as eliminatórias começam no meio do ano.

Luiz Felipe Scolari, que comandou a seleção do penta e também na partida contra o Paraguai, já é o treinador de Portugal. E Zagallo foi homenageado ao treinar os canarinhos contra a Coréia do Sul. Os dois não fazem parte da lista de prováveis técnicos da seleção – um porque está empregado, o outro porque já não quer mais ser treinador.

Com isso, é muito grande a possibilidade da seleção ter um treinador “inédito?. O favorito para assumir é Oswaldo de Oliveira, que comandou o São Paulo no brasileiro, e que acabou fracassando nas quartas-de-final da competição. Apesar disso, ele é o preferido do presidente da CBF Ricardo Teixeira, que promete o anúncio até sexta-feira.

Outro candidato é Vanderlei Luxemburgo, técnico do Cruzeiro. Ele treinou a seleção entre 1998 e 2000, e foi demitido após a eliminação nas Olimpíadas de Sydney – somando-se inúmeras denúncias de sonegação fiscal e alteração de identidade. Só que Luxemburgo é amigo pessoal de Teixeira, e isso pode facilitar um retorno, mesmo que o fato gere mal-estar na opinião pública.

Um nome natural está fora dos planos. O campeão brasileiro Emerson Leão, que renovou com o Santos, poderia receber a chance de se redimir, após uma péssima passagem pela seleção em 2001. O título com o Santos o credencia, mas o rompimento de relações com o presidente da CBF impede qualquer acerto. “Com ele, não trabalho nunca mais”, disse Leão.

Correndo por fora está Tite, técnico do Grêmio, que tem também uma proposta da seleção peruana. Quem assumir já tem dois amistosos marcados: o primeiro será contra a China, no dia 12 de fevereiro; o outro é contra Portugal (de Felipão), no dia 29 de março, em Lisboa.

Coordenador

Quem seria a escolha mais esperada para a seleção? Justamente aquele que não quer o cargo. O técnico do Corinthians Carlos Alberto Parreira já deixou claro que não pretende assumir de volta a seleção. Mas ele pode ficar até sem o cargo que ele quer, o de coordenador técnico. O Corinthians não pretende liberá-lo para a função com a alegação de que precisa contar com Parreira em toda a temporada.

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