Oswaldo de Oliveira não gostaria nem um pouco de fazer três jogos em sequência com o Fluminense para decidir o título carioca. “De jeito nenhum. Tomara que isso não aconteça. Que tal um 0 a 0?”, afirmou. O técnico do Botafogo sabe bem da força do rival. Por isso, a mensagem que passou a seus comandados para a final da Taça Rio, neste domingo, em Volta Redonda (RJ), é acabar com o campeonato de uma vez.
Um empate no clássico deste domingo dá ao Botafogo o título da Taça Rio (segundo turno do Campeonato Carioca). E, como já ganhou a Taça Guanabara (primeiro turno), será campeão estadual por antecipação, sem a necessidade da disputa de uma final em dois jogos.
Mas Oswaldo de Oliveira, como de costume, procura minimizar a vantagem do empate. “Ela só é importante depois dos 90 minutos. Antes disso, não dá para pensar nisso. Não podemos ter esse peso de entrar para jogar pelo empate”, comentou o treinador. “Vamos enfrentar um time vencedor. Por isso me guardo ainda (de falar sobre título).”
Apesar da cautela no discurso, Oswaldo de Oliveira reconhece que o Botafogo chega para o jogo deste domingo em seu melhor momento. Depois de um início de ano turbulento, com a torcida pedindo a cabeça do treinador e os jogadores rebatendo as críticas, o grupo botafoguense está em perfeita sintonia com as arquibancadas e também está com a confiança nas alturas, com o respaldo de uma campanha perfeita na Taça Rio, com oito vitórias em oito jogos.
“Essa consistência se dá principalmente porque temos jogadores que, além de ser de grande nível técnico, são ótimas pessoas: Jefferson, Bolívar, Seedorf, Fellype Gabriel. Jogadores experientes que deram essa confiança ao grupo, sustentação aos mais jovens”, destacou o técnico. “Isso se dá pela continuidade do trabalho.”
O Botafogo chega sem problemas para o clássico decisivo, ao contrário do rival, que já descartou Fred e Deco para o duelo. Todos os titulares estão descansados, poupados que foram do jogo contra o CRB, na última quinta-feira, em Maceió, pela Copa do Brasil. O Fluminense, por sua vez, foi ao Equador para enfrentar o Emelec, no mesmo dia, pela Libertadores.
Nada disso, porém, faz Oswaldo de Oliveira acreditar em favoritismo botafoguense. “O time do Fluminense é dos melhores do Brasil, com muitas peças de reposição. Um grupo acostumado a vitórias, um adversário muito difícil de se dobrar”, argumentou o treinador.