Ordem da CBF, exorcizar o Edílson

O escândalo envolvendo Edílson Pereira de Carvalho traumatizou o futebol brasileiro. Para coibir novas surpresas com manipulação de resultados, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aperta a fiscalização sobre as arbitragens no Nacional.

A entidade instituiu esta semana o Quadro de Observadores de Arbitragem. Composto em sua maioria por ex-árbitros, o grupo não-remunerado terá como função acompanhar a atuação dos homens do apito nas séries A, B e C. O desempenho técnico e disciplinar do trio será descrito em relatórios minuciosos e entregue à CBF após cada rodada.

Na Resolução da Presidência 01/06, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, cita como argumento para a criação do quadro, que o ?bom nível das arbitragens tem influência direta no sucesso das competições disputadas?. No ano passado, as 11 partidas apitadas pelo paulista foram anulados após a descoberta da ?contaminação? ligada a uma rede de apostadores virtuais – decisão que gerou controvérsia e manchou a competição.

A ação dos observadores não vai se limitar às quatro linhas. A vida pessoal e profissional dos apitadores também vai contar pontos – até mesmo ?companhias desabonadoras? ou a freqüência a locais ?pouco aconselháveis? pode pesar contra a reputação do juiz, segundo o chefe da Comissão Nacional de Arbitragem, Edson Rezende.

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