Um relatório sobre os andamentos das obras nos 12 estádios que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014, enviado à Fifa no começo de maio, traz novas contradições em relação à Arena da Baixada, principalmente em relação a valores, percentual de obra concluída e prazo de entrega. O documento elaborado pelo consultor especial da Fifa, Charles Botta, e pela empresa Arena, que teria sido contratada pelo Comitê Organizador Local (COL) traz um valor de custo das obras muito acima do que o Atlético tem apresentado. Pelo documento, a Baixada vai custar US$ 131 milhões, que corresponderiam a R$ 249,8 milhões, considerando a cotação do dólar na data em que o relatório teria sido encaminhado à Fifa.

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Hoje, o valor, pela alta do dólar, é ainda maior e já está em R$ 262 milhões. Considerando os cálculos da diretoria do Furacão, que afirma que as obras não passarão de R$ 187 milhões, a diferença de valores já chega a R$ 75 milhões. Pelo governo federal, a obra está orçada em R$ 234 milhões, contabilizando os R$ 14 milhões que correspondem ao que será gasto com as desapropriações dos terrenos no entorno da Baixada.

O documento, segundo o jornal Folha de S. Paulo que teve acesso aos dados, tem 83 páginas e relata ainda que a Baixada deve ser entregue até 31 de junho de 2013. A data trazida no relatório extrapola o prazo anunciado pelo presidente do Atlético e da CAP S/A, Mário Celso Petraglia, que gerencia as obras. O dirigente afirmou por mais de uma vez que o estádio ficará pronto em 31 de dezembro deste ano e terá sua inauguração entre os dias 26 e 29 de março do ano que vem para comemorar os 89 anos do Furacão e os 319 de Curitiba. Sendo assim, a data repassada à Fifa mudaria todo o cronograma anunciado pelo clube.

Com apenas 12% das obras concluídas, a casa atleticana foi classificada como de “baixo risco”, por não ser uma das sedes da Copa das Confederações, mas com uma ressalva colocada no relatório: os riscos seriam por conta da “falta de expertise (competência) do clube para gerenciar a reforma”.

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Além disso, a Arena da Baixada aparece com o segundo estádio com menor percentual de obras concluído. O Beira-Rio, estádio do Internacional, é a única sede com percentual menor: 4%.