União

Obra da Arena Paratiba pode começar em novembro

Um dia depois de a Tribuna revelar o projeto de construção de uma arena a ser dividida entre Coritiba e Paraná Clube, os clubes confirmaram a possibilidade concreta de Curitiba ganhar um novo estádio.

Já existe até previsão para o início das obras. “Se tudo der certo, em novembro deste ano. Ou, mais tardar, em fevereiro ou março de 2011”, falou o vice-presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, principal idealizador do projeto.

Vilson revelou alguns detalhes adicionais da obra. Os contatos começaram em outubro do ano passado, quando a construtora Andrade Gutierrez (AG) procurou o Coxa para debater a construção do novo estádio, já que as negociações entre o clube e a empreiteira WTorre fizeram água. Em seguida, o Alviverde convidou o Tricolor, já que o Atlético recusou-se por já ter a Arena da Baixada estruturada.

A proposta da AG é erguer não apenas um estádio, mas sim um enorme complexo multiuso, que incluiria hotéis, centro de convenções, espaço para shows e grandes estabelecimentos comerciais. Há três locais em estudo, e um deles, adiantou Vilson, é o que hoje abriga o Pinheirão, no Tarumã. Os outros dois ainda não serão revelados.

O custo total do projeto chegaria a R$ 600 milhões, grana que seria levantada com investidores dos Emirados Árabes. Estes seriam os donos do estádio, que cederiam o espaço por cerca de 40 datas anuais ao Coritiba e outras 40 ao Paraná Clube.

Em troca, o Coxa e o Tricolor repassariam parte da renda dos jogos. Os clubes continuariam proprietários de suas praças atuais no Alto da Glória e Vila Capanema.

A assinatura do contrato ainda depende de aprovação pelos respectivos conselhos deliberativos, e da liberação da documentação oficial junto aos órgãos públicos. O grande “pulo do gato” seria a possível inclusão da “Arena Paratiba” na Copa do Mundo de 2014 a data prevista para entrega da obra é maio de 2013.

Andrade é cuidadoso ao negar qualquer intenção de passar por cima do Atlético e sua Arena, mas não nega que o novo estádio seria um “plano B” para o Mundial. “Isso se o coirmão não conseguir os investimentos necessários. Então, a cidade não perderia a Copa. Mas o projeto independe da Copa”, afirmou Andrade.

Já o presidente paranista, Aquilino Romani, mostrou-se mais cauteloso ainda. Em São Paulo, ele disse à Tribuna que só vai comentar o assunto na segunda-feira, depois que voltar para Curitiba.

Mas confirmou as negociações com o Coritiba sobre o estádio e disse que a Arena “é tudo de que o Paraná Clube precisava”, frase similar à usada pelo colega alviverde. “O estádio é a salvação do futebol paranaense, e do próprio Coritiba”.