Novo Paraná Clube se apresenta hoje à torcida

Com uma postura mais ofensiva, o Paraná Clube busca pôr fim ao incômodo jejum de vitórias, hoje às 16h, no Pinheirão , frente ao Palmeiras. O jogo marca a estréia do técnico Gilson Kleina no comando da equipe, que terá modificações na formação e na estrutura tática.

Dentro das quatro linhas, a novidade é Nélio (ex-Flamengo e Atlético Paranaense), novo ?articulador? do meio-de-campo paranista. Com dois meias e dois atacantes, o treinador espera ?encurralar? o adversário para diminuir a distância que separa o Tricolor dos líderes do Brasileirão.

Será um novo ?duelo? entre Paraná e o técnico Estevam Soares. Em sua despedida da Ponte Preta antes de se transferir para o Palmeiras o treinador tirou a invencibilidade do time paranaense no estádio Pinheirão (1×0). Isso, para Gilson Kleina, não terá influência no jogo desta tarde. ?O Paraná tinha uma postura bem diferente?, avisa o técnico, que teve o cuidado de acompanhar o teipe deste jogo, realizado no dia 23 de maio. ?Se ele conhece nossos jogadores, também sabemos qual a sua conduta na armação de um time?, explicou Kleina, que espera um adversário coeso, utilizando cinco jogadores no setor de meio-de-campo.

Contratado na terça-feira passada para substituir Paulo Campos, Gilson Kleina teve apenas cinco dias para introduzir suas concepções táticas. ?Procurei passar apenas uma base, evitando uma carga forte de informações?, explicou. O treinador quer seu time ?simplificando? as jogadas e valorizando a posse de bola. ?Detectei alguns vícios, mas que só com o tempo serão corrigidos?. Com Kleina, o Tricolor volta a utilizar os laterais avançados. Cláudio e Edinho foram muito exigidos nos treinos, com constante apoio pelos lados do campo.

?Ele cobra, e muito. Conversa bastante quando percebe algo errado, mas sabe elogiar uma boa jogada?, comentou o atacante Wellington Paulista. A linha de ação do treinador, na teoria, vai permitir que os atacantes sejam melhor ?alimentados?.

Melhor para Galvão, que espera voltar a balançar as redes. ?Não é fácil ficar tanto tempo sem marcar. A gente fica visado?, reconhece. Galvão tem quatro gols na competição, mas está há seis jogos mesmo período do jejum de vitórias sem fazer gols. ?Espero que a gente consiga repetir no jogo aquilo que fizemos nos treinos. É importante que não desperdicemos oportunidades para readquirirmos confiança?, alertou.

Uma crise no departamento médico

A diretoria do Paraná tem um ?novo incêndio? para apagar. Após definir a mudança no comando técnico no início da semana, agora a crise chegou ao departamento médico. Ontem pela manhã os quatro médicos que se revezam no atendimento aos atletas do profissional e das categorias de base pediram afastamento. Os profissionais, que são coordenados por Mothy Domit, não concordam com a inclusão do médico Jean Francisco no ?time?.

No treino de sexta-feira, Jean, ex-Coritiba e atualmente no Iraty, chegou a ser apresentado ao elenco, no Pinheirão. Só que o caso ainda estava sendo analisado pela equipe médica do clube. ?Ficamos constrangidos com a situação e por isso procuramos a diretoria?, explicou Júnio Chequim, um dos integrantes da equipe, que conta ainda com Milton Nagai, Rafael Kleinschmidt e Fernando Rocha.

O vice de futebol José Domingos conversou rapidamente com os médicos no final da manhã de ontem. Pediu calma aos profissionais e promete resolver o assunto até amanhã. A situação ficou clara, porém, caso Jean que foi indicado ao Paraná por Sérgio Malucelli permanecer, a equipe de Mothy Domit estará se desligando do clube. ?Temos um perfil de trabalho já traçado. Um time formado há tempos e que com bons resultados. Não vemos motivos pra mudança?, disse Chequim. Todos ficaram visivelmente magoados com a ?imposição? de um sexto profissional no departamento.

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