esportes

Nova estrela a se manifestar contra racismo nos EUA, Serena diz que não se calará

A tensão racial nos Estados Unidos continua gerando comoção dos atletas norte-americanos. Nesta terça-feira, foi a vez de a tenista Serena Williams desabafar nas redes sociais. “Como disse Dr. Martin Luther King: Chega um momento em que o silêncio é traição. Eu não ficarei em silêncio”, afirmou.

Serena compartilhou um episódio cotidiano em que pegou uma carona com seu sobrinho negro de 18 anos e avistou um policial no caminho. “Rapidamente chequei se ele estava respeitando os limites de velocidade. Então, me lembrei daquele vídeo horrível de uma mulher em seu carro quando o policial atira no namorado dela. Tudo isso passou em minha mente em segundos. Me arrependi de não estar dirigindo. Nunca me perdoaria se alguma coisa acontecesse a meu sobrinho. Ele é tão inocente, como eram todos os outros”, escreveu.

Dois trágicos episódios nos Estados Unidos ganharam repercussão internacional recentemente. O primeiro ocorreu julho, quando Philando Castile, negro de 32 anos, morreu após ser baleado por um policial em uma blitz em Minnesota. Neste mês, Keith Lamont Scott, também de cor negra, foi morto por um policial em Charlotte, na Carolina do Norte, e motivou uma série de protestos pelo país.

“Por que tenho de pensar sobre isso em 2016?”, questionou Serena ao repercutir os casos de racismo em seu país. E continuou: “Percebi que temos que continuar nessa caminhada – não é sobre o quanto já percorremos, mas sobre o quanto ainda temos de percorrer”.

O tema ganhou notoriedade no mundo esportivo depois que Colin Kaepernick, quarterback do San Francisco 49ers, se recusou a ficar de pé durante a execução do hino nacional norte-americano. O gesto do jogador da NFL foi repetido por atletas de diferentes modalidades. No basquete, as atletas do Indiana Fever, da WNBA, também mostraram engajamento e os astros da NBA Stephen Curry e Dwayne Wade usaram as redes sociais para protestar.

Voltar ao topo