Usain Bolt desembarcou no Rio na manhã desta quinta-feira visando a sua participação em um evento de exibição que acontecerá neste domingo, na praia de Copacabana. O velocista jamaicano chegou às 5h30 da manhã à capital carioca e horas mais tarde concedeu entrevista coletiva, na qual minimizou a importância da interdição do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, que será palco das competições de atletismo da Olimpíada do Rio, em 2016.

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Um dos maiores astros do esporte mundial, o bicampeão olímpico das provas dos 100 e 200 metros e do revezamento 4x100m, além de recordista mundial dos 100m e 200m, preferiu exibir otimismo ao comentar o fato de que o Engenhão foi interditado, na última terça-feira, por causa de problemas estruturais em sua cobertura.

“Eu fui informado sobre isso, mas acidentes acontecem em qualquer lugar do mundo e eles (organizadores dos Jogos Olímpicos do Rio) têm três anos para resolver esse problema. Há tempo suficiente para acertar isso até lá”, ressaltou Bolt.

No Rio, o jamaicano participará de uma disputa em uma pista de 150 metros, montada sob a areia de Copacabana. Antes de estrelar o evento, ele se mostrou um pouco impaciente e pouco disposto a responder as perguntas dos jornalistas. Monossilábico em alguns momentos, ele só exibiu maior descontração quando questionado sobre os grandes atrativos do Brasil e do próprio Rio.

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“Sei várias coisas sobre o Brasil, mas o que o mais conheço do Rio são as praias, e as mulheres que vão às praias. Então, é claro que eu quero ir à praia. Nunca consigo ir. E também quero ir a uma discoteca”, revelou o astro maior do atletismo mundial.

Fã de futebol, o jamaicano também brincou quando perguntado sobre qual seria a sua seleção brasileira ideal, mas reconheceu o desejo de se encontrar com o maior craque brasileiro da atualidade. “Não saberia dizer (quais atletas convocaria), mas gostaria muito de conhecer o Neymar”, completou Bolt, que no sábado tem a sua participação prevista em uma brincadeira de futevôlei, no qual ele acredita que não vai se sair bem, por considerar esse esporte muito difícil.

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Bolt ainda fugiu de outra polêmica ao comentar a liberação de Oscar Pistorius para disputar competições internacionais, o que a justiça da África do Sul determinou nesta quinta, aceitando o recurso do atleta paralímpico contra algumas das restrições da sua fiança. Acusado de ter premeditado o assassinato da sua namorada Reeva Steenkamp, o sul-africano tinha anteriormente, inclusive, a sua presença prevista no evento de domingo, na praia de Copacabana, mas o seu envolvimento no crime acabou cancelando a sua participação. “Realmente não conheço as regras (para participação em provas), vamos ver a reação dos outros competidores e do público quando ele (Pistorius) voltar a competir”, se esquivou Bolt.

Na tarde desta quinta-feira, o jamaicano visitará um projeto social em Sulacap, que dá aula de atletismo a cerca de 150 crianças carentes, e ele espera que essa sua participação em Copacabana possa inspirar a juventude carioca a investir na prática de sua modalidade.

Na prova de domingo, Bolt irá competir na prova dos 150 metros contra o antiguano Daniel Bailey, o equatoriano Alex Quiñones e um representante brasileiro, que sairá de uma bateria qualificatória de sábado que terá Sandro Viana, Bruno Lins, Nilson André e Aílson Feitosa. O jamaicano tentará superar o melhor tempo do mundo nesta distância, que pertence a ele mesmo e é de 14s35.

O evento no Rio também terá uma disputa entre atletas paralímpicos envolvendo o brasileiro Alan Fontelles e o norte-americano Jerome Singleton. A pista do evento ainda abrigará um desafio feminino entre as brasileiras Rosângela Santos, Vanda Gomes, Evelyn Santos e Franciele Graças.