No Paranaense, Furacão só arrumou confusão e problemas

O Campeonato Paranaense foi sinônimo de confusões para o Atlético. Não é exagero dizer que o Furacão foi campeão das polêmicas no Estadual. Começou com a Arena da Baixada em obras, o que fez o time peregrinar por outros estádios até se acomodar na Vila Capanema. Antes de estrear, o clube teve confrontos com Paraná e Coritiba para escolher um lugar para jogar. Abriu-se uma guerra de notas oficiais. Coritiba e Atlético se confrontaram, com o Furacão dizendo que tinha pré-acordo com o Coritiba para jogar no Couto Pereira e o rival respondendo que nada tinha firmado com o Rubro-Negro.

O caso acabou no Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná, que deu ganho de causa ao Coritiba contra a Federação Paranaense de Futebol. A FPF tentou impor que o Coxa emprestasse seu estádio ao preço de R$ 30 mil por jogo. Sem acordo, o Atlético estreou no Germano Krüger. Depois foram três jogos no Janguito Malucelli, mas uma tragédia – a morte, por atropelamento, do torcedor André Lopes, dia 1.º de fevereiro – levou o Ministério Público a intervir, ameaçando processar Atlético, Polícia Rodoviária Federal e a Federação.

Assim, o Furacão passou a jogar na Vila Capanema, mas não se afastou das polêmicas. No estádio, ocorreu o primeiro Atletiba de torcida única da história do futebol paranaense. Novamente o MP teve de intervir na realização do Campeonato Paranaense. mas depois de relutar, acatou que os dois primeiros Atletibas fossem com só uma torcida. Porém, vetou a medida para os demais clássicos que vierem a acontecer no Estado.

As finais também foram cheias de polêmicas. Nesta fase, o apito foi o grande mote de reclamação do Atlético. A arbitragem estadual, escalada para apitar o primeiro Atletiba decisivo, mexeu com o humor dos atleticanos. A diretoria do Furacão pediu que a Federação trouxesse árbitros de fora, não foi atendida e passou a bombardear a decisão, através das redes sociais.

Para o segundo jogo, o clima esquentou ainda mais. O Furacão voltou a pedir árbitro de fora e, sem ser atendido, o presidente Mário Celso Petraglia afirmou que seria o último ano que o Atlético disputaria o Paranaense. Além disso, uma nota oficial no site do clube foi usada para pressionar o árbitro Adriano Milczvski. Utilizando tom provocativo também ao Coritiba, o clube pediu que o “juiz” não interferisse no resultado do jogo. Foi o último capítulo na conquista de “campeão de polêmicas” obtida pelo Atlético.