No final de semana começa mais uma divisão do Estadual

Como jogadores, alguns chegaram a vivenciar o cotidiano da elite do futebol paranaense. Houve também quem jogou no exterior ou até mesmo na Seleção Brasileira Júnior. A partir do final de semana, no entanto, sabem que estarão diante de outra realidade: treinar clubes que disputarão a Terceira Divisão do Estadual, competição que, mesmo longe dos holofotes, consideram como oportunidade para impulsionar a carreira.

Trabalhar, em grande parte, com jogadores em início de carreira, é apenas uma das situações que os treinadores esperam passar. Há quem não se surpreenda se acabarem acumulando funções de “psicólogo, pastor, cozinheiro e pai de santo”.

A declaração é de Carlos Nunes, técnico do Pato Branco, que como jogador chegou a atuar no futebol belga, pelo RWDM. Tendo no currículo o mérito de ter levado o Serrano, de Prudentópolis, da Terceira à Primeira Divisão do Estadual, entre 2008 e 2010, ele pode ser considerado um dos “tops” da competição. No entanto, faz questão de dizer que, assim como os demais, quer apenas mostrar trabalho. “Quero buscar oportunidade de trabalhar com as condições que eu não tive. Faço acontecer às vezes em equipes que não têm condições”.

O ex-jogador do extinto União Bandeirante Jocelito Lopes ‘Hayala’, técnico do Sport Campo Mourão, que já foi auxiliar de Gilberto Pereira na extinta Adap, repete a intenção. “É o sonho. A gente luta por essa oportunidade”.

Mesmo os novos no ramo tem suas ambições. É o que deixou claro Renato Ribas, técnico estreante do São José. Apesar de ter no currículo somente o comando de equipes amadoras, ressalta que sonha com o caminho de volta ao futebol chinês, onde foi jogador de clubes como Shaanxi Guoli e Chongqing Lifan. “Tenho um objetivo bem definido. Ser campeão dessa terceira, pois quero voltar pra China como treinador’, disse ele, que chegou a jogar pelo Atlético e no futebol russo.

José Roberto Zacarias, da Portuguesa, é outro que fará estreia como técnico profissional. Antes atuou na formação de jogadores, mas pretende utilizar a bagagem de ter sido campeão paranaense de 1992, pelo Londrina, além de ter atuado pela Seleção Brasileira Junior, para deixar uma boa impressão, inclusive com atletas. “Essa será minha crônica. Pra eles tentarem chegar lá e falarem que o Zé tinha realmente a razão, ao falar pra deixar de pensar pequeno”.

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