No Atlético, conquista do acesso é como um título

O Atlético está a duas rodadas de confirmar o acesso à Série A e tem no time titular uma mescla de anseios. Para os mais jovens, o retorno à elite nacional tem significado igual ao de um título. Já, para os mais experientes, será apenas mais uma missão em suas carreiras. Um exemplo é o lateral-direito Maranhão, que tem o currículo mais rico entre os titulares. O jogador foi campeão da Copa do Brasil em 2010, com o Santos; acumula um tricampeonato paulista, em 2010, 2011 e 2012 pelo Peixe, e em 2011 conquistou o Paranaense pelo Coritiba.

Enquanto que para os mais rodados vale a experiência de encarar uma divisão tão difícil e disputada, para os novatos a motivação é o sabor de uma grande conquista. Enquadram-se neste perfil os integrantes da defesa rubro-negra. Entre eles, Manoel e Deivid. A dupla também foi titular na campanha de 2011, que culminou com o rebaixamento, o que os deixou com o sentimento de obrigação de reverter esse quadro já em 2012. Nesta mesma situação está o jovem Cléberson, mas que iniciou a caminhada como profissional só este ano. Pedro Botelho é outro que galga algo a mais. Contratado para a Série B, é experiente no futebol europeu, onde atuou de 2005 até este ano, mas ainda é um “iniciante” em futebol nacional.

A turma dos mais rodados começa pelo camisa 1 e termina no camisa 9, com pelo menos um integrante em cada setor já tendo experimentado o gosto de subir para a Primeira Divisão. Os dois homens que ocupam as extremidades do campo são os maiores vencedores. O goleiro Weverton tem dois títulos da Série B – com o Corinthians, em 2008, e no ano passado, com a Portuguesa. O atacante Marcão também tem duas conquistas importantes nas divisões de acesso. Em 2008, foi campeão da Série C pelo Atlético-GO e em 2009 ajudou o Dragão a ficar com a quarta colocação da Segundona nacional.

Mas não são apenas os dois que carregam tal experiência. No meio-campo, há outra dupla: um que reforça a defesa e outro que está na criação. João Paulo e Henrique foram adversários no ano passado, mas ambos ajudaram seus respectivos clubes no maior objetivo da temporada. O volante, jogando pela Ponte Preta, e o meia, vestindo a camisa da Lusa, ao lado de Weverton, subiram para a Primeira Divisão.

Mesmo não sendo titular, outro jogador pode ser colocado nesse rol: Paulo Baier. Com 38 anos, ele já foi campeão da Série B, em 2002, pelo Criciúma – adversário de sábado, e concorrente direto por uma das vagas na Série A do ano que vem.