O Corinthians faz nesta quarta-feira, às 22 horas, contra o Danubio, no Itaquerão, o seu 100.º jogo na Libertadores, em 12 participações na competição continental. Se confirmar o favoritismo e obtiver a 55.ª vitória no torneio, a equipe vai manter a liderança isolada do Grupo 2, chamada de “Grupo da Morte” e estará muito próxima da classificação antecipada para as oitavas de final, independentemente do resultado do jogo entre San Lorenzo e São Paulo. Em caso de vitória dos são-paulinos, um empate bastará para o Corinthians avançar à próxima fase.

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Para Tite, no entanto, não basta classificar. Após três vitórias nas três primeiras rodadas, o treinador já pensa em fazer a melhor campanha entre os 32 times da primeira fase para enfrentar o 16.º e pior classificado e ter vantagem de sempre fazer o segundo jogo no seu estádio, caso chegue até a final.

Por isso, o técnico exige a vitória da equipe nesta quarta-feira. A ideia é aproveitar a pressão da torcida – já foram vendidos mais de 36.500 ingressos – e sufocar o time uruguaio desde o início.

“Tem de vir jogando bem. Ou então é bala Juquinha. Da docinho pra criança e ela fica contente, mas não teve consistência. Todo mundo sabe que resultado é fundamental. Eu fico atento ao processo. Não adianta pegar ponto e não jogar bem. Vai achar resultado e perder lá na frente”, justificou.

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Tite aposta não apenas na torcida para usar o “fator Itaquerão” a seu favor. Nesta terça-feira, ele levou o time para treinar no estádio. Sua intenção é que os atletas se sintam cada vez mais à vontade na arena. A grama, por exemplo, é mais baixa do que a dos campos do CT do Parque Ecológico. Essa diferença torna o jogo mais rápido e dificulta a vida dos adversários que não estão acostumados com o local. É comum, por exemplo, ver nas partidas no Itaquerão jogadores rivais escorregando ao tentar dominar a bola em velocidade.

Diante de um adversário mais fraco tecnicamente, a estratégia do Corinthians será a mesma que o time vem utilizando nesta início de temporada: marcação pressão (inclusive com a participação dos homens de frente) e saída rápida nos contra-ataques. Nesta engrenagem, Elias tem participação fundamental. Com liberdade para atacar, o volante costuma chegar de surpresa ao ataque e fazer gols decisivos. Não à toa é o artilheiro da equipe na Libertadores, com quatro gols em cinco jogos.

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“O Danubio vai jogar mais solto, mais tranquilo, sem responsabilidade. Mas não vamos entrar nessa de que as coisas são fáceis. Foi difícil ganhar do Danubio lá”, ponderou Tite.