O Paraná Clube inicia a partir de amanhã sua caminhada na Série B do Brasileiro. Pelo quinto ano consecutivo, o Tricolor alimenta o sonho de retorno à elite do futebol nacional. Após testar todas as opções disponíveis, a grande dúvida do técnico Ricardinho está no ataque. Resultado de um deslize da dupla Nilson e Douglas. Os dois jogadores ganharam peso nos catorze dias de um desgastante giro pelo interior, foram reprovados no teste de percentual de gordura e, ao que tudo indica, não enfrentam o Guarani, às 16h20, no Durival Britto. “Só depende deles. Mas não é fácil uma reversão nesse quadro”, disse Ricardinho.
O treinador, além de barrar os atletas, não economizou nas críticas. “É preciso ter profissionalismo, comprometimento e responsabilidade”, disparou, visivelmente contrariado com a situação. “Vou priorizar sempre a retidão profissional. Oferecemos todas as condições para esses jogadores, com alimentação balanceada e toda a logística para que treinassem e descansassem. Se não souberam aproveitar, paciência.”
Ricardinho já mostrou que não pretende limpar a barra dos jogadores facilmente. Somente se Nilson e Douglas conseguirem “vencer a balança” é que serão relacionados para a largada da Série B. Já em Maringá, os dois começaram a receber um tratamento especial no que diz respeito ao treinamento. Houve dias em que, enquanto o grupo descansava, os atacantes seguiam para a academia, para trabalhos específicos. A situação só veio à tona no momento em que Ricardinho explicou o motivo que o levou a tirar os jogadores da partida contra o Nacional de Rolândia.
Nos doze jogos – entre Copa do Brasil e Segundona Paranaense -, Ricardinho escalou cinco duplas de ataque distintas. Nilson e Douglas atuaram em quatro jogos, sendo que a outra formação mais utilizada teve também a presença de Nilson, mas ao lado de Elias. São exatamente esses dois – Elias e Nilson -, os atacantes que mais atuaram como titulares: sete jogos cada um.