Os atacantes Nieto e Guerrón finalmente engrenaram no Atlético. Contratados em 2010, os dois estrangeiros ficaram devendo na temporada passada. O argentino balançou a rede apenas um vez e o equatoriano duas. Este ano, os números são muito melhores. Em 33 jogos no Campeonato Brasileiro, o time fez 33 gols. Ainda assim, a dupla lidera a artilharia do clube na Série A, com quatro gols cada um – mesmo número de Marcinho. No geral (incluindo Estadual, Copa do Brasil e Brasileiro) dividem a vice-artilharia, com 12 gols. Paulo Baier é o goleador, com 16.
O desempenho da dupla Nieto e Guerrón é muito parecido. São 4 gols no Brasileiro, 3 na Copa do Brasil e outros 5 no Campeonato Paranaense. Mais do que isso, os gols marcados por eles têm sido decisivos. O único que até agora não influenciou no resultado foi o marcado por Guerrón na derrota por 4 x 1 sofrida para o Santos, na 32.ª rodada. Mas neste quesito, Nieto tem sido mais decisivo. Ele já foi o herói do time por duas vezes: na vitória por 2 x 0 sobre o Internacional e no jogo de domingo passado – 2 x 1 sobre o Atlético-GO, na Arena da Baixada. O argentino marcou os quatro gols atleticanos, e todos de cabeça.
Guerrón tem sido importante também nas assistências. Já foram três decisivas. E se não foi herói solitário em nenhuma partida, também ajudou o time a escapar de derrotas. Foi assim contra o Flamengo, quando fez o segundo gol no triunfo por 2 x 1, no começo do returno, e quando balançou as redes nos empates contra Palmeiras (2 x 2) e Vasco (2 x 2).
Outro característica é que Nieto e Guerrón estão demonstrando cada mais sintonia. Atuando isolados, pouco fizeram; juntos, incomodam. Foi assim no jogo de domingo contra o Atlético-GO. Guerrón deu o passe para o primeiro gol do argentino, que empatou o jogo com 1 minuto do segundo tempo. O responsável pelo despertar dessa nova dupla rubro-negra é o técnico Antônio Lopes. Sob o comando do Delegado, os dois marcaram 8 gols dos 13 feitos em 13 jogos. São responsáveis por 61% dos gols do Furacão na era Lopes.