Neymar volta atrás e encerra polêmica sobre racismo

Neymar apareceu às 17h40 desta quinta na sala de entrevistas do Centro de Treinamento Rei Pelé determinado a tirar o peso da acusação de racismo que fez contra o técnico do Ituano, Roberto Fonseca, aos 25 minutos do primeiro tempo do jogo de quarta-feira, em Itu. Acompanhado do pai, Neymar Silva Santos, e do principal responsável pelo gerenciamento de sua carreira, Eduardo Musa, o atacante disse que ouviu a palavra macaco, mas que não tem certeza se saiu da boca do treinador adversário e que houve troca de ofensas. “Ele foi ‘educado’ e eu também fui”, afirmou.

“Foi uma coisa séria e chata para quem escuta. Acabei escutando sim (a palavra macaco), mas não tenho certeza se foi da boca dele. Antes de tudo, ele fugiu um pouco da ética porque não tem o direito de falar com jogador adversário. Ele está lá para comandar jogadores da equipe dele. Não pode falar se sou cai cai, se pulo e me ofender, senão vai atingir a mim e colocar a interpretação do arbitro de forma errada”, disse Neymar. “Fui xingado e também xinguei”. Ele explicou que ao se afastar ouviu alguém gritar macaco. “Por isso voltei para perguntar se tinha sido ele, mas ficou por isso. É um assunto encerrado. Já deu”.

Em quatro jogos do Campeonato Paulista, Neymar tem sido tão sido constante como artilheiro – só não fez gol contra o Ituano – como figura central de polêmicas. Contra o São Bernardo, na primeira rodada do Paulistão, ele marcou dois gols, mas saiu de campo acusando os adversários de, além de fazer faltas seguidamente, xingá-lo e ofender sua família. Diante do Botafogo, Neymar provocou Nunes, parando com a bola dominada à sua frente, com as mãos na cintura, com a intenção de desestabilizar o atacante adversário e provocar a sua expulsão. Mas, Neymar nega que esse tipo de provocação seja tática para carregar o time adversário de cartões amarelos. “Não entro com o objetivo de amarelar o time adversário inteiro, mas isso também poderá ajudar o Santos quando o Assunção (Marcos) estiver em campo porque se o adversário faz falta é gol do Assunção”.

Para os jogadores comuns do Santos, esta quinta foi de trabalho regenerativo para repor as energias perdidas no jogo da véspera em Itu. Para o astro Neymar a correria começou bem cedo, com a viagem ao Rio para ser o garoto-propaganda no lançamento da camisa que a seleção brasileira vai usar na Copa das Confederações. E no meio da tarde ele já se encontrava no Centro de Treinamento Rei Pelé.

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