Natação ganha 2 vagas nas Olimpíadas

São Paulo – Já comemorando o fato de ter uma delegação com 20 atletas na Olimpíada de Atenas, a natação brasileira ganhou mais um motivo para se alegrar: a Fina (Federação Internacional de Natação) divulgou ontem a lista das equipes participantes das provas de revezamento nos jogos e confirmou o Brasil nos 4x100m medley masculino e nos 4x100m livre feminino.

Com isso, entram para a delegação do Brasil o nadador de costas Paulo Maurício Machado (4x100m medley) e as nadadoras Tatiana Lemos e Renata Burgos (4x100m livre). A natação tem agora 23 atletas nos Jogos Olímpicos, 15 homens e 8 mulheres, o maior time do País na história da competição.

O revezamento 4x100m livre feminino, principalmente, sofreu com a saída de Julyana Bassi Kury, que testou positivo em exame de doping feito no Troféu Brasil, em maio, desfalcando o time e levando consigo o tempo estabelecido ao final da competição, 3min45s38.

Para conquistar a quarta e última vaga da prova nos Jogos, a marca válida foi a de 3min47s05, estabelecida no Pan-Americano de Santo Domingo, há um ano. Além de Tatiana Lemos e Renata Burgos, estão na equipe Rebeca Gusmão e Flávia Delaroli, que já estão no grupo de Atenas em provas individuais. Também conseguiram lugar as equipes da França (3min40s67), Canadá (3min45s38) e Espanha (3min46s71).

Na prova masculina de 4x100m medley o Brasil conseguiu a terceira das quatro vagas restantes também com o tempo feito em Santo Domingo, 3min41s02. Paulo Maurício Machado entra no grupo que contará ainda com Eduardo Fischer (peito), Gabriel Mangabeira (borboleta) e Jáder Souza (livre). Entraram nesta última seletiva junto com o Brasil os times da África do Sul (3min40s78), Nova Zelândia (3min40s86) e Itália (3min42s46).

A ausência fica por conta da equipe de 4x100m medley feminino que teria Fabiola Molina, Ivi Monteiro, Mariana Katsuno e novamente Rebeca Gusmão. As quatro tinham 4min12s90, que é recorde sul-americano, mas o último time a conseguir vaga para Atenas, a Dinamarca, tem 4min10s69.

O supervisor técnico da CBDA, Ricardo de Moura, diz que a entrada destas duas equipes foi um prêmio a um ciclo olímpico de trabalho duro na natação brasileira.

“O primeiro grande fato é que todos os nadadores brasileiros conquistaram suas vagas dentro d’água. Todos estão indo aos Jogos Olímpicos com lugares conquistados legitimamente. Isso prova que temos uma geração que tem tudo para evoluir muito e em breve alcançar resultados ainda melhores, mas sem esquecer que a natação mundial teve um desenvolvimento enorme e que estamos lutando para alcançar os grandes centros”, disse.

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