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Na volta ao Mineirão, Atlético encara Cerro na estreia no Grupo E da Libertadores

A estreia na fase de grupos da Copa Libertadores do Atlético-MG ficará marcada por um reencontro. Nesta quarta-feira, às 19h15, o time vai encarar o Cerro Porteño, pela rodada inicial da chave E, no seu primeiro jogo como mandante no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, em mais de 500 dias.

Desde a sua inauguração em 1965, o Mineirão foi a casa prioritária do Atlético-MG, em um cenário que só se alterou depois de junho de 2010, quando o estádio foi fechado para obras visando a Copa do Mundo de 2014. E quando foi reaberto em 2013, o time tinha uma casa diferente.

Em acordo fechado com a administradora do Independência, o Atlético passou a realizar os seus jogos no estádio localizado no bairro Horto. E o Mineirão passou a ficar cada vez mais em segundo plano, a ponto de o time não atuar no estádio como mandante desde agosto de 2017.

Naquela oportunidade, o time não saiu do 0 a 0 contra o Jorge Wilstermann, da Bolívia, sendo eliminado nas oitavas de final da Libertadores. O resultado negativo poderia ser visto como um mau agouro para o Atlético-MG nesse retorno ao estádio. Mas o retrospecto do time lá é bom.

Afinal, foi no Mineirão que a equipe conquistou o maior título da sua história, a edição de 2013 da Libertadores, na decisão contra o Olimpia, do Paraguai. E o aproveitamento atleticano na competição no estádio é de 66,7% – com 10 vitórias, oito empates e uma derrota.

Assim, o Atlético-MG confia em um retorno vitorioso ao Mineirão, para onde decidiu levar os seus jogos como mandante na fase de grupos, sob a expectativa de atrair mais público. E será isso que vai ocorrer nesta quarta-feira, tanto que a quantidade de ingressos vendidos antecipadamente – eram 30 mil até o final da tarde desta terça-feira – já supera a capacidade máxima do Independência.

O longo tempo longe do Mineirão, porém, provocou ao menos uma cena que seria inusitada no passado nos dias que antecederam o confronto contra o Cerro Porteño, pois na última segunda-feira o time treinou no estádio, em um trabalho de reconhecimento do gramado. Mas os jogadores garantem que não se incomodaram com a mudança do estádio.

“É sempre muito bom poder atuar no Mineirão, estádio no qual o Atlético tem conquistas importantes. As conquistas recentes do clube se passaram aqui no Mineirão. E até mesmo a história do clube passa pelo Mineirão. Por mais que o Atlético tenha jogado no Independência nos últimos anos, e construído uma identificação lá, a história do clube se passa no Mineirão. Palco de grandes jogos, grandes conquistas, de Copa do Mundo”, afirmou o goleiro Victor.

Para se colocar em condições de jogar a fase de grupos da Libertadores, o Atlético-MG precisou passar por dois clubes uruguaios nas etapas preliminares, tendo eliminado Danubio e Defensor. E o time espera manter o embalo no confronto contra o Cerro Porteño, além de ter aprendido lições nesses confrontos.

Nos três primeiros duelos contra os uruguaios, o Atlético-MG demonstrou boa produção ofensiva, com oito gols marcados. Também levou quatro do Danubio, mas não foi vazado pelo Defensor nos dois confrontos, com o segundo tenham terminado com um nada empolgante 0 a 0, embora o resultado tenha sido suficiente para assegurar o time no Grupo E. O desafio nesta quarta-feira, portanto, é aliar a boa produção do ataque, exemplificada pelos quatro gols de Ricardo Oliveira, com uma defesa segura.

Nesta quarta-feira, o Atlético-MG não vai contar com o volante José Welison, expulso no segundo jogo contra o Defensor. A sua ausência e a necessidade de o time conquistar a vitória fará o técnico Levir Culpi retomar o esquema tático com dois volantes e dois pontas abertos, com o retorno do colombiano Chará ao time.

Já o zagueiro Réver, com fadiga muscular na coxa direita, se tornou dúvida para o confronto contra o Cerro Porteño. O capitão do time faz tratamento, mas a tendência é que seja aproveitado nesta quarta-feira, atuando ao lado de Igor Rabello. De qualquer forma, Iago Maidana e Leonardo Silva estão de sobreaviso.

PARAGUAIOS – Se o Atlético-MG está embalado na Libertadores e na liderança do Campeonato Mineiro, o momento do Cerro Porteño é de oscilação. O time está na quarta posição no Campeonato Paraguaio, com 17 pontos somados em nove rodadas, desempenho que tem deixado o técnico espanhol Fernando Jubero sob pressão.

Porém, a vitória por 2 a 0 sobre o Sportivo Luqueño, no último sábado, trouxe mais tranquilidade ao Cerro Porteño, que não poderá contar com o zagueiro Marcos Cáceres, suspenso pela expulsão no jogo de volta das oitavas de final da Libertadores de 2018 contra o Palmeiras. E sua vaga vai ser ocupada pelo venezuelano Fernando Amorebieta.

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