Na reta final, time do Atlético é dominado pelo cansaço

O fracasso na decisão da Copa do Brasil e a queda de rendimento do Atlético no Campeonato Brasileiro têm explicação. O desgaste físico de que a equipe reclama agora foi um dos percalços pelos quais as outras 19 equipes da Série A passaram no decorrer da disputa. Com uma pré-temporada mais extensa, e seu primeiro jogo oficial realizado somente no início de abril, o Furacão esbanjou preparo físico até a primeira metade do 2.º turno. A partir daí, o fôlego ficou nivelado ao das outras equipes e as fragilidades técnicias e táticas do Rubro-Negro vieram à tona.

O técnico Vagner Mancini admitiu, após a derrota para o Santos, no domingo passado, que o cansaço já se instalou no elenco. Não é para menos. O Furacão, desde 14 de julho, realizou 41 partidas em sequência, totalizando uma média de um jogo a cada três dias. ‘Infelizmente perdemos aquela partida que estava em nossas mãos. Você vê que o time jogou, mas já foi. Agora a gente precisa ter uma semana para que os atletas descansem bem. O time está desgastado, exausto, e vem de uma maratona de 41 jogos em sequência. O descanso é necessário para que a gente faça os ajustes naturais e dê a eles condições de entrar em campo no domingo contra o Vasco’, explicou o treinador.

Desde que o técnico Vagner Mancini assumiu o comando do Furacão, no dia 15 de julho, esta é a primeira semana cheia que o ele tem para trabalhar com o elenco rubro-negro. No mês em que chegou no Furacão, o treinador comandou cinco partidas em 13 dias. Foi do 0 x 0 contra o Paysandu, pela Copa do Brasil, até a vitória contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte, por 2 x 1. Foi justamente neste período que o Rubro-Negro iniciou a sua arrancada no Campeonato Brasileiro.

Já em agosto, quando o time atleticano foi derrotado apenas uma vez – para o Palmeiras por 1 x 0, pela Copa do Brasil -, o Furacão fez nove partidas. Em setembro, o desgaste do time atleticano continuou e, mesmo com uma partida a menos realizada no mês, em relação a agosto, o Atlético jogou em todos os meios e finais de semana.

Em outubro, quando encaminhou sua vaga na decisão da Copa do Brasil, o Atlético registrou o número máximo de partidas por mês. Foram nove jogos ao longo dos 31 dias, com o tempo de descanso cada vez mais escasso. Já em novembro, quando as disputas do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil se afunilaram, o Rubro-Negro fez oito jogos, mas sentiu a sequência desgastante de partidas pelas duas competições nacionais. Por isso, não teve forças para superar o Flamengo na final da Copa do Brasil e sofre derrotas no Brasileiro, que o ameaçam na busca por vaga na Libertadores. Acabou o fôlego, eis a explicação.