Na festa da CBB, homenagem e saia-justa

São Paulo – A festaque comemorou, terça-feira, os 70 anos da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), reuniu várias gerações do esporte, a começar pelos campeões sul-americanos de 1939, mas também deixou frente a frente desafetos que a história do basquete produziu ao longo dos anos. O evento, no Copacabana Palace, no Rio, homenageou personagens ligados a conquistas importantes, como Álvaro Macedo, de 88 anos, da seleção de 39, e Érika, de 18 anos, vice-campeã mundial sub-21. Amaury Passos, dono de quatro medalhas de Mundiais (incluindo as do bicampeonato de 59 e 63) e de duas olímpicas, precisou de uma caixa para carregar os troféus.

O encontro juntou amigos e inimigos e provocou situações embaraçosas, contornadas com educação, desvios e apertos de mão formais. Paula encontrou o ministro Agnelo Queiroz e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman. Ela deixou recentemente o cargo que ocupava no Ministério dos Esportes, criticando a política dos dirigentes. Ironizou quando o ministro assinou a camisa da seleção, reservada aos ídolos. “Esse aí jogou um bolão.”

Ainda trocou beijinhos com o ex-técnico Miguel Ângelo da Luz, alvo de críticas das então atletas Paula e Hortência na época da conquista do Mundial da Austrália (94) e do bronze olímpico de Atlanta (96). Janeth, hoje líder da seleção, também subiu ao palco.

O ex-presidente da CBB, Renato Brito Cunha, substituído por Gerasime Grego Bozikis, em um processo sucessório que teve até interventor, e o ex-técnico da seleção masculina, Ary Vidal, destituído na mudança, dividiram o espaço, mas não se cumprimentaram.

A festa juntou armadores especiais, de Ângelo Bonfietti, o Angelin, de 77 anos, que atuou no Corinthians entre 46 e 58, nos Mundiais da Argentina (50) e do Rio (54) e nas Olimpíadas da Finlândia (52) e Melbourne (56). Do esporte, o “baixinho”, de 1,78 m, herdou cultura e amigos. Dinheiro mesmo, ganhou na carreira em uma empresa de São Paulo, na qual se aposentou.

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