Os jogos da Série B deste ano são marcados por grande equilíbrio. Jogadores e comissão técnica do Paraná Clube não apontam um grande “bicho papão” e por isso alimentam o sonho de uma arrancada na reta final da competição. Na real, busca-se um feito inédito. Pois, apesar da ausência de uma grande força nesta Segundona, os números tanto do G4 quando da ZR são muito parecidos com os registrados em 2008.

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Nessa mesma fase do campeonato, por exemplo, o quarto colocado (então o Santo André, de Sérgio Soares) tinha os mesmos 40 pontos que o Ceará somou até aqui. Lá embaixo, hoje o 17º colocado (o Duque de Caxias) tem 24 pontos, posição que o Criciúma ocupava no ano passado, com apenas um ponto a menos. Diferença mesmo, somente na vantagem que o líder Corinthians conseguiu abrir: 6 pontos, contra apenas 2 que hoje separam Vasco e Atlético-GO.

Lá embaixo, o lanterna Campinense, com 20, ainda respira. Diferente do que viveu o CRB em 2008, que com somente 15 pontos estava “virtualmente rebaixado”. Assim, é muito provável que os “números mágicos” de outras temporadas se repitam: com 63 pontos, o clube garante acesso, com 46, se segura na Segundona. E, para chegar no topo da tabela, o Paraná não poderá mais cometer um deslize sequer. Para figurar no G4, terá que conquistar nada menos do que 35 pontos. “Sabemos que é difícil. Mas não podemos desistir. Precisamos emplacar uma sequência de vitórias”, resumiu o meia Davi.

Um sonho que passa obrigatoriamente por uma guinada fora de casa. Até aqui, o Paraná venceu apenas duas vezes na condição de visitante: contra Juventude (ainda sob o comando de Zetti) e Guarani. Já na próxima sexta, o Tricolor tem uma prova de fogo pela frente. Encara o líder Vasco, em São Januário. “Fizemos um grande jogo contra a Ponte Preta, mas não vencemos. Agora, temos que aliar uma atuação equilibrada com um bom resultado”, destacou Davi, que agora divide com Rafinha a artilharia do time nesta Série B, com 5 gols cada.

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O torcedor, que ainda olha desconfiado para o time, ao menos viu a distância para a zona do rebaixamento voltar à casa dos quatro pontos. Situação comemorada por Sérgio Soares, que assim ganha um tempo de aparente tranquilidade para o duelo da próxima rodada, quando tentará derrubar o líder. Há quase dois meses, então desacreditado, o Paraná surpreendeu e fez 2×1 no Guarani, que ostentava a liderança da Segundona, e de forma invicta. Uma vitória no Rio de Janeiro poderia levar o Tricolor ao G10, posição que o clube não atinge desde que caiu para a Série B.