Mustafá repete papo de 2002. Verdão forte

O Palmeiras terá um time fortíssimo em 2003. “Forte” como o de 2002. A garantia é de seu presidente, Mustafá Contursi. O dirigente diz que “fez tudo o que tinha de fazer em 2002”. Mas então por que o time só perdeu e caiu para a Série B do Brasileiro? “Não sei”, responde. Por isso, vai continuar trabalhando da mesma maneira e acredita que, na próxima temporada, os resultados serão bem diferentes.

Já contratou Jair Picerni. Mas promete mais. No dia 6, deverá ser reeleito presidente por mais dois anos, apesar dos esforços do oposicionista Luiz Gonzaga Belluzzo. As eleições estão acirrando o clima no clube e alguns conselheiros chegaram, até, a receber ameaças. Nesta entrevista, Mustafá fala da 2.ª Divisão, de uma possível virada de mesa e da pressão contra seu trabalho.

Agência Estado

– Qual é a sua perspectiva para 2003?

Mustafá Contursi

– É a mesma que tinha para 2002. Contratar grandes jogadores para ter bons resultados, alcançar os objetivos. Infelizmente, não deu certo neste ano.

AE

– Mas então qual foi o problema para que não desse certo?

Mustafá

– Não sei, quem tem de analisar isso são vocês, da imprensa. Acho que a administração do clube fez tudo o que tinha de fazer, contratou jogadores, montou o time. Esperamos que as coisas saiam melhor em 2003.

AE

– Como o sr. analisa as duras críticas que vem recebendo?

Mustafá

– É um inconveniente deste momento político. Depois das eleições, as coisas devem voltar ao normal.

AE

– Alguns conselheiros afirmam que o sr. declarou que deixará o futebol para um terceiro plano, dando prioridade a outros setores. É verdade?

Mustafá

– Não. São alguns conselheiros maldosos que falaram isso. Não foi nesse contexto que falei do futebol e de outros problemas administrativos. O futebol estará entre as prioridades.

AE

– O Palmeiras vai disputar a Série B ou o sr. é favorável à virada de mesa?

Mustafá

– O Palmeiras vai disputar a competição que oficialmente tiver de disputar. Até agora ninguém falou nada. Mas sou favorável à Justiça. Em 1999, o Palmeiras apoiou o sistema de média de pontos em 3 anos para definir os rebaixados. No Brasil não existe turno e returno, como no resto do mundo, e, por isso, não sei se é certo apontar os rebaixados num campeonato de turno único. Infelizmente, em 2000, foi criada a Copa João Havelange, à qual fui contra, e esse sistema não foi mais usado. Para nós, a questão técnica é relativa quando não há turno e returno. Não sei se, neste ano, os rebaixados mereceram cair e se o campeão mereceu ser campeão. Felizmente, agora foi aprovado para 2003 o campeonato com turno e returno, com rebaixamento e campeão por pontos corridos.

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