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Multifuncional, Borja marca e agrada o técnico Roger Machado no Palmeiras

Roger Machado tem uma função especial como técnico do Palmeiras. Se não bastassem as (fortes) cobranças por resultados, títulos e um bom rendimento do time em campo, terá um desafio extra: recuperar o bom futebol de Miguel Borja, algo que seus antecessores Eduardo Baptista e Cuca, não conseguiram.

Contratado no início do ano passado como a principal esperança de gols para o ataque palmeirense, o colombiano ainda não atingiu alto nível em solo brasileiro. Roger Machado sabe que se conseguir recuperar e extrair a qualidade técnica de Borja, terá um grande “reforço” no seu ataque, além de um clima favorável na relação com torcedores, diretoria e investidores.

Sob o forte calor em Ribeirão Preto (SP), Borja marcou o gol da vitória sobre o Botafogo por 1 a 0, resultado que dá ao Palmeiras a liderança isolada do Grupo C com seis pontos, dois à frente de Novorizontino e São Bento, com 100% de aproveitamento.

No comando de Roger Machado, o colombiano vem agregando funções. Além de colocar a bola para dentro do gol, está sendo orientado a contribuir mais com o setor defensivo na marcação, quando o adversário estiver com a posse de bola. Na visão do treinador, recuperar a posse de bola já no campo de ataque aumentam as chances de gols e diminuem a sobrecarga sobre o setor defensivo.

“Para mim é muito importante o gol, porque reforça o que tenho falado com o Borja no início do ano, da participação dele nos dois momentos do jogo: atacando e defendendo”, disse. O treinador alerta que, quando os jogadores de ataque participam do processo defensivo, na maioria das vezes acabam recompensados com gols. “Uma proporção ideal é que eu consiga ter 70% das ações defensivas e 30% dos jogadores da frente. Quando acontece esta razão, o porcentual de aproveitamento com vitória aumenta”.

O gol do colombiano foi bastante festejado por Roger Machado porque serve como exemplo para todos no elenco. “Para mim era importante o Borja fazer gols, comprovar o que dizemos não só para ele, mas para os jogadores que tenho, muito ofensivos e que vão nos dar muitas chances de gol. Mas preciso de uma equipe equilibrada”.

Ele reconhece que Borja sofreu mais do que o normal para se adaptar ao Brasil, dentro e fora de campo. Mas, passado um ano, torce para que o colombiano faça aquilo que melhor sabe: gols. “Todos ficamos felizes com o Borja. Ano passado foi um ano de adaptação a um novo país, nova cultura. Agora as coisas começam bem”.

Sob o forte calor de Ribeirão Preto (32ºC no início do confronto), o Palmeiras não rendeu bem, principalmente no primeiro tempo. Sem poder lutar contra o calor e com os jogadores ainda fora do preparo físico ideal, ao menos, foi inteligente. Tocou a bola, manteve a posse, mas pouco criou. Na etapa final, aumentou o ritmo, marcou o gol, dominou a partida e rendeu o adversário. “No segundo tempo sofremos menos, porque controlamos melhor os espaços e isto para mim é bastante importante”, destacou Roger Machado.

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