Despedida

Multidão se despede do time de Dunga no Aeroporto Afonso Pena

Se na terça as quase três mil pessoas que foram ao CT do Caju viram muito pouco da Seleção Brasileira, ontem uma quantidade semelhante de torcedores acompanhou a saída do time de Dunga de Curitiba – foi aqui que começou a caminhada para a Copa do Mundo da África do Sul. A delegação chegaria em Johannesburgo na madrugada, levando as manifestações de carinho dos paranaenses.

Ir ao Aeroporto Afonso Pena foi o último cartucho de muita gente que não conseguiu ir ao centro de treinamentos do Atlético, local que alguns torcedores escolheram para se despedir da Seleção na manhã de ontem – o ônibus saiu do CT às 11h40.

Após cerca de quarenta minutos de estrada, o ônibus estacionou no Afonso Pena. Isolados por duzentos policiais, que montaram um cordão do portão de entrada até a sala de embarque, o grupo de Dunga seguiu lentamente até o destino, ouvindo e vendo as manifestações da galera.

Eram pessoas com camisas amarelas e dos times da capital. Alguns com faixas ou cartazes de apoio. Muitos chorando, esperando ao menos um olhar dos craques. Outros tentavam entregar presentes, que os jogadores eram obrigados a não receber. Acompanhados por seguranças e pela tropa de choque, eles foram passando e aos poucos trocavam a expressão séria por um sorriso. Gilberto acenava. Robinho, um dos mais festejados, e Nilmar também saudavam os quase três mil torcedores.

Mas a sensação era Kaká. Ele saudou quem estava mais perto, alegrando os pequenos torcedores.

Contado assim, parece que foi muito tempo. Mas foram exatos dois minutos e vinte segundos. Tempo suficiente para que a Seleção levasse um pouquinho da paixão dos brasileiros para a África do Sul.