A Medida Provisória (MP) 671, que trata do refinanciamento das dívidas fiscais dos clubes, dever ir à votação no plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira. A previsão é do secretário-geral da CBF, Walter Feldman, que nesta terça participou de uma reunião com diretores da entidade, entre os quais os deputados federais Vicente Cândido (PT-SP) e Marcelo Aro (PHS-MG).

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No início da tarde, Cândido falou rapidamente com a imprensa e negou que o assunto MP tivesse sido debatido. “Só tratamos de agenda positiva”, declarou o deputado, demonstrando bom humor. Mas o tema foi sim colocado em discussão, como revelou Feldman.

“Foi falado sobre MP. O deputado Vicente Cândido fez um relatório, depois falamos com o senador (Sergio) Petecão (PSD-AC, presidente da Comissão Mista que trata do assunto), e hoje mesmo (terça) eles devem ter uma reunião preparatória”, confirmou o secretário-geral.

“É muito provável que a MP seja discutida, apreciada e votada amanhã (quarta) em plenário. Esse é nosso desejo, é desejo dos clubes, e é o que deve acontecer. Algo que se aproximasse de um consenso, o parcelamento e as contrapartidas.”

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Na avaliação de Feldman, alguns destaques devem ser aprovados na votação em plenário. “Apesar daquela angústia da última sessão, chamada sessão espírita, com pouca presença, que não tinha ninguém, houve o reconhecimento de um certo açodamento na votação, sem esperar os deputados e senadores, o que impediu que as negociações prosseguissem”, considerou o secretário-geral, fazendo referência à última sessão da Comissão Mista, que aprovou o texto do relator Otávio Leite (PSDB-RJ) na íntegra.

“O deputado Eduardo Cunha solicitou, tanto ao Otávio Leite como ao Petecão que refizessem a negociação, que vinha muito bem, que atendesse aos clubes e também ao governo”, explicou Feldman. A intenção dos clubes e da CBF é que o texto do relatório final sofra mudanças.

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“Existe uma tendência de você fazer um parcelamento que atenda aos clubes, as contrapartidas de fair-play financeiro e trabalhista dentro dos limites que os clubes podem atender, e eu diria um questionamento forte de não intervenção do Estado, ou seja, nada que interfira naquilo que é decisão autônoma das entidades esportivas – CBF, federações e clubes -, mas com o compromisso que já estamos assumindo independente de lei.”