Montoya fecha contrato com a McLaren

São Paulo – Juan Pablo Montoya já fechou contrato com a McLaren e agora tenta uma forma de correr na equipe de Ron Dennis já em 2004. O colombiano encontra resistência na cúpula da Williams, porém: ele tem compromisso até o final do ano que vem e a multa rescisória é de US$10 milhões. Montoya achava que sua atual equipe iria liberá-lo sem cobrar nada, mas Frank Williams e Patrick Head estão batendo o pé na questão e não vão deixá-lo sair de graça.

A decisão de abandonar a Williams foi tomada por Montoya poucos dias depois do GP da França, no começo de julho. A corrida foi vencida por seu companheiro de equipe, Ralf Schumacher. Juan Pablo terminou a prova louco da vida com a equipe. Com seu terceiro pit stop previsto para a volta 52, ele decidiu antecipar a parada em duas voltas para tentar tomar a liderança de Ralf nos boxes. “Eu sabia que ele iria pegar tráfego e nas voltas depois que saísse dos boxes antes da parada dele eu tiraria a diferença”, contou, na ocasião.

Quando parou, Montoya estava 2s566 atrás do alemão. Pela estratégia do time, seus pit stops seriam feitos sempre uma volta antes de Ralf. A previsão era para as voltas 17, 34 e 52. Ralf faria suas paradas nas voltas 18, 35 e 53. Os dois primeiros aconteceram exatamente como previsto. No terceiro, Juan Pablo avisou em cima da hora que iria para os boxes e a equipe foi rápida, recebendo o piloto e fazendo a troca de pneus e o reabastecimento. O detalhe, que motivou toda a briga, foi que Ralf foi avisado da intenção de Montoya e, como ele, antecipou sua parada, também.

O caçula dos Schumacher parou na 51.ª e voltou na frente do companheiro, com 1s225 de vantagem. Se tivesse feito seu pit stop na volta programada, perderia a posição. Ainda na pista, pelo rádio, Montoya começou a xingar todo mundo. Tirou o pé e não tentou mais nada, recebendo a bandeirada mais de 13s atrás do alemão.

No fim da corrida, chegou aos boxes gritando. “Essa corrida era minha, vocês tiraram de mim!”, disse, segundo testemunhos de funcionários da Williams.

Dois dias depois, Montoya recebeu uma carta dos donos do time, que o alertavam o colombiano sobre seu comportamento após o GP. Em resumo, diziam que se chiliques como aquele se repetissem, ele não seria mais piloto da Williams. “Pois então, a partir de agora, não sou mais”, respondeu o piloto. Imediatamente procurou a McLaren e acertou um contrato para receber US$ 10 milhões anuais.

Voltar ao topo