O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, revelou nesta sexta-feira que está planejando organizar uma reunião com as demais equipes para discutir o futuro da Fórmula 1. Preocupado, o dirigente disse que o encontro terá por objetivo definir os rumos da categoria, sem debater pontos específicos, como o novo regulamento.

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“Eu tenho a intenção de convidá-los para ir a Maranello, não para discutir um ponto ou outro que pode dar vantagem a um ou outro time, mas para ter uma conversa geral sobre como encaramos a Fórmula 1”, declarou Montezemolo, que pretende promover o encontro na metade de janeiro de 2014.

“Acho que o pessoal tem poucas oportunidades para se encontrar nos finais de semana das corridas, quando você tem que preparar os carros, manter contato com patrocinadores, televisão, o público. Poderemos ter um dia de paz para conversarmos sobre o futuro”, reiterou.

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O presidente da Ferrari admite que uma de suas preocupações é a gerência da F1. Bernie Ecclestone, atual chefão da categoria, corre o risco de ser preso nos próximos meses, em processo que corre na Inglaterra. E os dirigentes pouco têm conversado sobre quem seria o sucessor de Ecclestone.

“Nós temos que discutir isso, porque no fim do dia esse é o nosso negócio. Acho que, depois de Bernie, que é único, será necessário ter uma abordagem diferente para a governança do esporte”, declarou Montezemolo, que já descarta um sucessor para ocupar o mesmo lugar de Ecclestone no futuro.

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“Eu não vou aceitar que, no lugar de Bernie, teremos um novo homem no comando do show. Teremos que criar um grupo de governança, no qual teremos um CEO. E aí você teria um homem no comando do automobilismo esportivo”.

Apesar de não citar pontos específicos a serem discutidos em janeiro, o presidente da Ferrari já adiantou que não concorda com a nova regra de distribuir pontuação dobrada na última corrida do ano, a partir de 2014. “Não estou empolgado a respeito disso. Me parece muito artificial. Vamos ver”, disse Montezemolo, que poderia ser um dos beneficiados pela regra em razão da hegemonia da Red Bull nos últimos anos na F1.