Mistério e time compactado no Atlético. Com estas duas armas, Paulo César Carpegiani espera surpreender o Atlético-MG no jogo de hoje na Arena da Baixada, às 19h30.
Depois de um futebol irreconhecível na derrota para o Guarani, no final de semana, o treinador cobrou os jogadores, pediu mudança na postura e disse que criaria um fato novo para reverter o revés em Campinas.
Sem avisar, antes de comandar o treino preparatório para o confronto, ontem, Carpa mandou fechar a sala de imprensa da Baixada, vetando o acesso dos jornalistas ao gramado.
Para iniciar o trabalho, teve uma conversa com os jogadores. Longe de todos, tentou e organizar a equipe e evitar vazamento de informações das mudanças promovidas.
Os jogadores seguiram à risca o pedido de blindagem feito pelo treinador. Nenhum deles deu pistas do que o torcedor pode ver em campo hoje. Preocupado com o Galo, que ocupa a 17.ª colocação e abre a zona de rebaixamento, o Atlético quer evitar dar armas ao adversário.
“Temos que aproximar mais. Contra o Guarani não teve isso. A equipe estava longe, e eles começaram a jogar nas costas dos nossos volantes e na minha, que sou meia, e isso dificultou”, lembrou Branquinho.
Rhodolfo, que cobrou os companheiros no último jogo, concorda com as mudanças pedidas por Carpegiani, para tentar reverter os erros em acertos e fazer a equipe voltar a vencer.
“Tem que ser compacto como o professor (Carpegiani) pede e não ficar afastado”, reforçou o zagueiro que está preocupado com as constantes subidas dos adversários. “A maior dificuldade (na defesa) é quando o time não mata o lance antes, quando pode fazer uma falta no começo e não faz. Até o gol que levamos (contra o Guarani) poderia ter tirado a bola antes. Mas estamos melhorando bem”, disse.
Se a solução é jogar mais compactado, Branquinho faz ainda um outro alerta. Segundo ele, se a criatividade não funcionar os atacantes ficarão isolados novamente.
Porém, com a presença de Paulo Baier, que retorna hoje após mais uma rodada poupado, Branquinho aposta em um meio-ampo mais forte e completo diante do Galo.
“O mais importante é criar as jogadas para finalizar em gol. O Baier ajuda, é um excelente jogador, também muito bom nas bolas paradas. Ele procura a tabela comigo, isso tem um peso maior”, admitiu.
