Missão paranista agora é fugir do rebaixamento

Falar o quê do Paraná Clube? O Tricolor tinha o jogo na mão contra o Bahia, dominou completamente por pelo menos setenta minutos, mas conseguiu a proeza de levar a virada.

O jogo terminou 2×1 para os visitantes, colocando o time de Sérgio Soares em situação complicadíssima na Série B. Com 24 pontos, a possibilidade de voltar à primeira divisão é remota.

As explicações pré-jogo escassearam. O torcedor não sabia o que pensar, o jogador não tinha o que dizer, o técnico achava melhor calar e o jornalista ficava sem ter o que escrever.

Era possível informar que o Paraná teria o retorno de Marcelo Toscano na ala-direita, de Márcio Goiano na esquerda, enfim a confirmação de Rafinha como meia-atacante. E uma postura bem mais agressiva que no fiasco contra o Fortaleza, no sábado.

Só que a agressividade não se transformou em qualidade. Por sinal, os primeiros vinte minutos da partida de ontem foram, talvez, os piores em jogos do Paraná na Série B.

O duelo só melhorou aos 25 minutos, quando as três novidades do Tricolor entraram em ação. Márcio Goiano virou o lance da esquerda para a direita. Marcelo Toscano dominou e cruzou.

Rafinha, esperto, antecipou-se e venceu o bom goleiro Fernando. “O mérito é todo deles”, resumiu o meio-campista, mantendo-se como o talismã da equipe. Até o final da primeira etapa, só deu Paraná.

O Bahia, time com pouca qualidade, mal ameaçou, e os donos da casa tiveram chances de ampliar o placar. Mas sem Wando em campo, foi Adriano o azarado da vez, perdendo todas as oportunidades – e ele as teve, pelo menos três.

Mas o Paraná conseguia trabalhar com dois armadores e um atacante fixo. As chances apareciam com a intensa movimentação de Rafinha e Davi. Eles também contavam com o apoio de Toscano e principalmente de Márcio Goiano, que mostrava o porquê da decisão de Sérgio Soares em escalá-lo como titular.

Só que o amplo domínio se esvaiu em um único lance. Aos 19 minutos do segundo tempo, Hernani cobrou falta e Jael, sem marcação, empatou o jogo. O que era fácil virava, para variar, um drama.

O treinador paranista arriscou tudo com as entradas de Alex Afonso, Wando e Kleber. As chances, antes criadas com qualidade, ficaram esparsas e tomadas pela ansiedade da luta pelo resultado. E a tragédia, que parecia tão distante, ficou anunciada.

Aos 42 minutos, Rubens Cardoso cruzou para Jael, que venceu a marcação de Dedimar e Élton e cabeceou com estilo, vencendo Ney e selando a virada – que fez a torcida virar as costas para o campo. Ao Paraná, resta de novo lutar para não cair para a terceira divisão.

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