Mireya Belmonte brilha e inicia Mundial com recordes

A primeira medalha entregue no Mundial de Piscina Curta de Doha (Catar) foi para o maior medalhista de todos os tempos. Aos 30 anos, o norte-americano Ryan Lotche ficou com o bronze nos 200m livre e chegou à sua 78.ª medalha em grandes eventos internacionais. São 31 em Mundiais de Piscina Curta, 23 em Piscina Longa, 11 medalhas olímpicas, 12 em Pan-Pacíficos e uma em Jogos Pan-Americanos.

A vitória nos 200m livre ficou com o sul-africano Chad Le Clos, premiado na terça como melhor nadador do ano para a Fina (Federação Internacional de Natação). O africano chorou no pódio.

O grande nome do primeiro dia do Mundial, porém, foi Mireya Belmonte Garcia, que ganhou duas vezes da húngara Katinka Hosszu, faturou duas medalhas de ouro e bateu dois recordes mundiais. Também no revezamento 4x200m livre feminino caiu a melhor marca da história, batida pelas holandesas.

Nos 200m borboleta, uma prova histórica. Katinka Hosszu virou os 150m à frente 0s56 de Mireya Belmonte Garcia, um corpo à frente da linha do recorde mundial. A espanhola, porém, teve uma reação incrível, enquanto a “Dama de Ferro” húngara cansou. Mireya acabou com o ouro com 1min59s61, batendo o recorde mundial que já durava cinco anos e se tornando a primeira mulher a superar a barreira dos dois minutos nos 200m borboleta.

As duas rivais voltaram a se encontrar na final dos 400m medley, em outra prova para história. Novamente a húngara nadou na frente, mas a espanhola se recuperou para vencer com novo recorde mundial: 4min19s86, quase um segundo abaixo do tempo que Hosszu fez em Berlim em agosto do ano passado.

A húngara vem de uma temporada nunca antes vista na natação, com 68 medalhas na Copa do Mundo e cinco recordes mundiais. Pela manhã em Doha, bateu dois recordes do campeonato, mas mostrou cansaço à noite, perdendo dois títulos que esperava-se que ganhasse. No total, ela pretende nadar 10 provas individuais no Mundial.

Nesta quarta, só não participou dos 50m peito, prova em que a lituana Ruta Meilutyte bateu o recorde do Mundial, com 28s81, ficando a um centésimo do recorde mundial da norte-americana Jessica Hardy, que vem desde 2009, na época dos trajes tecnológicos.

Hosszu fez o terceiro melhor tempo nas semifinais dos 100m costas, depois de quase bater o recorde do campeonato pela manhã. Etiene Medeiros também está na final de quinta-feira à noite (tarde no Brasil).

No revezamento 4x200m livre para mulheres, a Holanda bateu o recorde mundial com um time formado por Inge Dekker, Femke Heemserk, Ranomi Kromowidjojo e Sharon Van Rouwendaal. A marca de 3min32s85 é mais de três segundos mais rápida que o tempo que a China fez para ganhar o Mundial de 2010. Hosszu recebeu em sexto e levou a Hungria ao quarto lugar, a 0s60 da medalha de bronze, conquistada pela China.

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