Milan lança colônia de férias em Curitiba

Enquanto se contentava em assistir pela TV à abertura da Liga dos Campeões da Europa, o Milan buscava através do marketing atrair a atenção dos paranaenses. Fora da principal competição européia, o gigante italiano lançou ontem um braço de sua colônia de férias em Curitiba.

O “Milan Junior Camp” existe desde 2005 no Brasil e funciona em seis capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília e Florianópolis. Em dezembro, o programa chega em Curitiba, Salvador e Natal. Outros 30 países já recebem o evento.

É uma colônia de férias com uma semana de duração, aberta a meninos e meninas de 7 a 14 anos. Com orientação de uma equipe de educadores e profissionais de recreação, além de um técnico trazido das categorias de base do Milan na Itália, as crianças e adolescentes recebem treinamentos técnicos, táticos e coletivos, intercalados por atividades culturais e educacionais diversas.

No final do evento, os pais são convidados para assistir a amistosos entre as crianças, além de cerimônia de encerramento e graduação dos participantes. Um deles é sorteado para repetir a semana de férias em Milão, com as despesas pagas. Na capital paranaense, o evento será sediado no Colégio Paranaense Marista, no bairro Seminário, entre os dias 14 e 20 de dezembro.

A estratégia do Milan é clara: difundir o nome do clube, principalmente entre crianças de alta renda já que o preço de R$ 1.750 pela semana de atividades é proibitivo para a maioria das famílias brasileiras. Só entre duas e cinco vagas, das 120 disponíveis, são destinadas a famílias de menor poder de compra.

“Queremos tornar o Milan o clube estrangeiro com maior torcida no Brasil, sem que ele desbanque a paixão pelas equipes locais”, afirma Mauro Corrêa, diretor da Golden Goal, braço de marketing do Milan na América do Sul.

Ele lembra que o Brasil é um mercado estratégico pela grande população e paixão pelo futebol, além da qualidade dos atletas. A busca por talentos, porém, não é a meta do programa.

Mercado estratégico

“Tratamos disso com cuidado para não iludir as crianças e causar frustração. Se alguém tiver aptidão, orientamos os pais a procurar um clube no Brasil. Não buscamos novos Kakás, mas sim que a criança se lembre dessa semana para sempre”, falou Corrêa.

O “embaixador” do programa no Brasil é o ex-lateral Serginho, que há três meses trocou o uniforme “rossonero” pelo paletó. Agora, como consultor-técnico, Serginho é garoto-propaganda do clube. Mais informações no site www.milanjuniorcamp.com.br.