Mesmo preso nos Estados Unidos, o ex-presidente da CBF José Maria Marin recebe pensão vitalícia do Estado de São Paulo no valor de R$ 20.257,80 por mês – com os descontos e impostos, sobraram líquidos para o ex-dirigente R$ 14.914,56 no mês de dezembro.

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O valor refere-se à pensão parlamentar da extinta carteira previdenciária dos deputados paulistas. Marin foi deputado estadual por dois mandatos, de 1971 a 1979. Também foi governador do Estado por dez meses, entre 1982 e 1983. O ex-presidente da CBF contribuiu por 16 anos, de 1971 a 1987. Ele recebe a pensão há quase 32 anos, desde o dia 16 de março de 1987. O valor da pensão é reajustado na mesma proporção dos deputados estaduais em mandato. Em 2012, por exemplo, Marin recebia R$ 16.033,00 por mês.

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Ao ser condenado à prisão em agosto do ano passado pela Corte Federal do Brooklyn, nos Estados Unidos, o ex-cartola teve US$ 3,35 milhões (R$ 12,2 milhões na cotação atual) confiscados e foi multado em US$ 1,2 milhão (cerca de R$ 4,3 milhões).

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Marin ainda foi condenado em novembro a devolver US$ 137.532,60 (R$ 500 mil) para a Conmebol e a Fifa. Desse montante, US$ 118 mil (R$ 430,8 mil) são referentes à entidade sul-americano e US$ 19.532,60 (R$ 71,2 mil) à Fifa.

Para conseguir arcar com todas as despesas e pagar advogados no Brasil e nos EUA, Marin tem vendido bens adquiridos no período em que presidiu a CBF, como uma mansão no Jardim Europa comprada por R$ 13,5 milhões em 2014 e passada para frente três anos depois por R$ 11,5 milhões.