Meninas do vôlei pegam Cuba na manhã de hoje

Sendai, Japão – Brasil x Cuba, um dos clássicos internacionais mais aguardados nessa Copa do Mundo feminina de vôlei, será disputado na manhã de hoje, às 7h05 de Brasília, no Sendai City Gymnasium.

A partida do grupo B é válida pela segunda rodada da segunda etapa da competição, que, no final, no dia 15 próximo, classificará os três primeiros colocados para os Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004.

Com duas derrotas (perdeu também para a China, por 3 sets a 0) sofridas até o momento, o técnico Luis Calderon não vê outra saída para Cuba: “Precisamos dar o nosso máximo nessa partida. É necessário sair dessa fase com uma boa classificação. Caímos em um grupo muito parelho, com a poderosa China, a campeã do Europeu (Polônia) e o Brasil, que não preciso nem comentar”.

Do lado de cá, a maior preocupação do técnico José Roberto Guimarães é fazer com que o Brasil force o saque. “Para nós, o mais importante é fazer Cuba jogar com as bolas altas nas pontas e tentar marcar bem essas jogadas. Para isso, o nosso saque precisa entrar para quebrarmos o passe de Cuba. Assim, conseguiremos chegar na maioria das bolas com bloqueio duplo”, diz o técnico brasileiro, para depois analisar o time adversário.

Vitória de virada

Mesmo não rendendo o que pode na quadra, a seleção brasileira feminina de vôlei usou a superação para derrotar a atual campeã pan-americana, a República Dominicana, de virada, por 3 sets a 2, parciais de 17/25, 25/18, 24/26, 26/24 e 15/7. O Brasil soma agora três vitórias e uma derrota na Copa do Mundo feminina de vôlei. A maior pontuadora do Brasil foi a ponta Paula Pequeno, com 20 acertos, substituindo a oposto Bia, que sofreu uma luxação no dedo mínimo da mão direita e dificilmente voltará a jogar na Copa do Mundo. Sem a jogadora, a equipe conta agora com apenas 11 atletas nos próximos jogos da competição.

Fernanda Venturini recebeu o troféu de melhor jogadora da partida. Apesar do resultado, a levantadora foi taxativa em relação aos altos e baixos do time: “Acho que esse foi o nosso pior jogo e ainda teve essa infelicidade da Bia. O time entrou na quadra esperando uma coisa e viu outra. Elas vieram dando na bola, com muita saúde, tipo Cuba. Até entrarmos no jogo foi difícil. A República Dominicana nunca disputou uma Copa do Mundo, mas nós deixamos elas jogarem. Não podíamos ter deixado isso acontecer”, diz Fernanda.

“Na hora que sentimos que estávamos correndo o risco de perder o jogo, mostramos o time que somos. A equipe só jogou mesmo o que pode no quinto set, quando sem dúvida alguma se impôs. Outro ponto a ser destacado foi a entrada de Paula. Ela esteve muito bem, aliviando os ataques pelo fundo, mesmo atuando fora de sua posição”, completa Zé Roberto.

Bia, desfalque da equipe brasileira

Sendai –

Pela primeira vez disputando uma Copa do Mundo, a oposto Bia saiu gritando da quadra, ainda no primeiro set contra a República Dominicana. A jogadora sofreu luxação exposta no dedo mínimo da mão direita após tentar bloquear um contra-ataque de Cabral. Desesperada, com o dedo sangrando e chorando muito, Bia só dizia que tinha visto o seu osso e que precisava falar com sua mãe, no Brasil.

Enquanto era socorrida pelo médico da delegação brasileira, Julio Nardelli, seu pedido foi atendido. Pelo telefone, Bia repetiu várias vezes: “Mãe, tá me ouvindo? É só para dizer que vai passar na televisão que eu machuquei o dedo. Mas está tudo bem, tá? Não se preocupa, não”, disse.

Na verdade, é pouco provável que a jogadora volte à quadra ainda na Copa do Mundo.

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