Melhor elenco do Tricolor festeja conquista histórica

Onze de julho de 1992. Há exatos vinte anos o Paraná Clube fazia história, conquistando pela primeira vez o acesso à elite do futebol brasileiro. Era um esquadrão comandado pelo mestre Otacílio Gonçalves, que muitos até hoje o apontam como o melhor de todos os tempos a vestir a camisa azul, vermelha e branca. O Tricolor, antes mesmo de completar três anos de existência, dava um salto de qualidade surpreendente, antecipando em alguns anos as metas idealizadas pelos próprios dirigentes.

O Paraná Clube chegou para a disputa nacional no embalo do seu primeiro título da história: campeão Paranaense de 1991. A base foi mantida e o grupo não decepcionou. Na primeira fase, num grupo de oito clubes, sofreu apenas uma derrota. Foram 5 vitórias e 7 empates, resultados que garantiram vaga na segunda fase e, consequentemente, o acesso à Primeira Divisão. Naquele ano, 12 dos 32 clubes subiram. Porém, mesmo com a vaga assegurada, o Tricolor não “baixou a guarda”.

Com um futebol de primeira, o time seguiu superando adversários do porte de Grêmio, Coritiba e Criciúma. Tudo até chegar à fase semifinal, onde a equipe de Otacílio Gonçalves foi simplesmente perfeita. Foram duas vitórias sobre o Santa Cruz ambas por 2 x 1 no Arruda e no Pinheirão. Resultados que levaram o Paraná à grande final, frente ao Vitória. No primeiro jogo, o time paranaense fez 2 x 1. Os baianos comemoraram o resultado e passaram a apostar todas as fichas na Fonte Nova lotada para garantir o título da Série B – então chamada de Divisão Classificatória.

O torcedor baiano cumpriu a sua parte. Superlotou o estádio (o público divulgado foi de 60.442 pagantes) e empurrou o rubro-negro do início ao fim. Porém, o Vitória tinha pela frente um time vencedor. Ao ponto de Otacílio Gonlçalves resumir a sua preleção à uma simples frase: “Obrigado por me fazerem campeão brasileiro”. E seus pupilos não decepcionaram. Num jogo memorável, o Paraná foi buscar a vitória, num gol de Saulo, aos 9 minutos do segundo tempo, silenciando um estádio inteiro. A festa, em Salvador, foi paranaense.

Uma comemoração que invadiu a madrugada e que se estendeu até o dia seguinte, quando a delegação retornou da Boa Terra para ser recepcionada por uma multidão paranista. Carreata, carro de bombeiros, tudo estava lá. Festa merecida para um time inesquecível e que colocou o Paraná na elite nacional, cumprindo seu destino de vitórias. Um verdadeiro esquadrão, formado por Luiz Henrique; Balu, Gralak, Servilho e Ednelson; João Antônio, Marquinhos Ferreira, Adoílson e Serginho; Maurílio (Carlinhos) e Saulo.