Meirelles pede orçamentos ‘criteriosos’ para Olimpíada

O presidente do Conselho Público Olímpico da Autoridade Pública Olímpica (APO), Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira esperar que as obras para a Olimpíada de 2016 sejam “um exemplo de obras feitas dentro do orçamento, e com orçamentos criteriosos”. “A consciência coletiva brasileira está focada nesta questão”, destacou.

Segundo Meirelles, além dos órgãos de controle federais, estaduais e municipais, o grande envolvimento de recursos públicos deve fazer com que as contas para a produção do evento esportivo sejam também analisadas pela Corregedoria Geral da União (CGU) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Meirelles, ex-presidente do Banco Central, afirmou que a APO vai fazer uma “avaliação de cada projeto e da sua adequação”, apesar de não ser responsabilidade específica da Autoridade atuar nesta área. “A APO vai olhar a qualidade do projeto, a adequação e a execução”, disse.

Meirelles afirmou que ainda não há um esboço de orçamento de gastos públicos para as obras da Olimpíada de 2016, pois isso deve ocorrer dentro de alguns meses. “Uma das lições de Londres é não fazer orçamento prematuramente”, comentou. “Londres fez um orçamento logo no início dos trabalhos e teve de revisá-lo. Depois, houve controvérsia, se ficou abaixo ou acima do orçamento”.

Segundo Meirelles, representantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) estiveram no Rio de Janeiro há algumas semanas e apontaram que as obras para os Jogos de 2016 estão dentro do cronograma. Ele citou que há obras em andamento, como as realizadas pela prefeitura do Rio no porto da cidade e também na área de transportes. Ele destacou a construção da linha de metrô entre Ipanema e Barra da Tijuca. “Começa neste momento a parte crítica e a definição da matriz de responsabilidades (dos entes públicos) e de obras”, explicou.

Voltar ao topo