Médico Edílson Thiele aposta na recuperação rubro-negra

O Atlético tem um boa chance de sair da atual situação que se encontra no Brasileirão. Faltando 14 rodadas para o fim da competição, e correndo sério risco de ser uma das quatro equipes rebaixadas à Segundona de 2009, o começo dessa virada para o Rubro-Negro deverá acontecer no jogo diante da Portuguesa, amanhã, 18h20, na Baixada.

A aposta é do médico Edílson Thiele, que por 16 anos seguidos foi ligado ao Rubro-Negro como dirigente, sempre na área médica. Desde 2005, por divergências com o atual grupo que comanda o clube, Edílson se afastou da função de cartola, para voltar a viver o outro lado, o de torcedor. “Não deixei o Atlético. Vou a todos os jogos na Baixada e sinto da mesma forma a paixão que torcedor tem com o clube”, disse ontem o médico, que também acredita que os jogadores estarão mais motivados com a chegada de Geninho, e ainda com o novo comando do futebol, agora com Marcos Malucelli.

“Um dos colegas da gente e que também precisamos dar força”, completou. “O ambiente estava muito pesado e fechado. Quem conhece o futebol, trabalha com o futebol sabe muito disso. O Atlético, que era tido como time do povo, da paixão, que se identificava com várias coisas boas do esporte, passou a ser odiado, a ser chamado de arrogante sem precisar disso”, disse Edílson, lembrando que se os jogadores estavam cabisbaixos em campo, o mesmo acabava se refletindo junto à torcida.

Sobre os motivos que levaram o clube a ficar nesta situação na atual temporada, o ex-dirigente diz que em parte se deve às idéias de Mário Celso Petraglia. “Temos filosofias diferentes. Não há como negar que ele fez muitas coisas boas para o clube, mas também errou em outras. Precisamos de mais diálogo, de abertura para que outros atleticanos também possam contribuir para melhorar ainda mais o Atlético”, disse Thiele, um dos signatários do manifesto lançado nesta semana, de apoio ao clube.

“O momento é delicado. E todos sabem que torcer pelo Atlético é sempre sofrido. Mas não precisamos esperar até o fim do campeonato para sofrer ainda mais. Temos tempo para a reação. A torcida saberá dar o seu apoio. Este foi um dos motivos que nos levou a escrever o manifesto”, afirmou Edílson Thiele.